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O dólar consolidou-se como a moeda central do comércio internacional após a Segunda Guerra Mundial, com o sistema de Bretton Woods estabelecendo-o como referência global, inicialmente vinculado ao ouro. Apesar do fim do padrão-ouro em 1971, a moeda estadunidense manteve sua hegemonia devido à profundidade e confiança no mercado financeiro dos EUA, somadas à sua estabilidade política e capacidade de impor sanções econômicas globais.

Diante dessas vulnerabilidades, países do BRICS avançam iniciativas como o BRICS Pay, um sistema de pagamento digital que busca reduzir a dependência do dólar e ampliar a autonomia financeira do bloco. Aliado a debates sobre uma moeda comum e ao fortalecimento do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o BRICS Pay reflete o desejo de uma governança econômica mais multipolar. Caso bem-sucedido, o sistema pode diminuir a demanda global por dólares, redistribuir o poder econômico e oferecer maior liberdade a países como China e Rússia, que buscam se desvencilhar das restrições impostas por sanções unilaterais.

A resposta de Donald Trump a essas iniciativas revela sua visão protecionista, ameaçando tarifas de 100% sobre produtos dos BRICS caso o bloco adote alternativas ao dólar. No entanto, essa postura encontra barreiras legais no âmbito do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT) da OMC, que exige tratamento igualitário entre os membros e limita aumentos tarifários arbitrários. Medidas extremas, como as sugeridas por Trump, poderiam ser contestadas nos mecanismos multilaterais da OMC, evidenciando os limites da unilateralidade no cenário global e potencialmente acelerando o movimento de diversificação financeira liderado pelos BRICS.

➡️Leia o artigo na íntegra no Diário Indústria & Comércio

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Larissa Alves Borges

Larissa Alves Borges

Redatora Publicitária com graduação em Comunicação Social, Comércio Exterior e Letras. Pós-graduada em Marketing Digital, Direito Tributário e Gestão Pública.