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Localizado na Região Sul, grande destaque da produção de grãos e da indústria têxtil no Brasil, o Porto do Rio Grande ocupa a posição de 4º maior porto do país. Além disso, é detentor de uma movimentação de cerca de 38,2 milhões de toneladas das mais variadas cargas (2016) e leva mercadorias para mais de 90 destinos no mundo todo.

Tratando sobre este importante porto, nossa terceira entrevista da Trilha Realidade dos Portos Brasileiros foi feita com o Janir Souza Branco, Diretor Superintendente da Superintendência do Porto do Rio Grande (SUPRG). Confira e tire seus insights!

Cuidados com questões ambientais no Porto

Sérgio – A responsabilidade ambiental é uma pauta relevante para a SUPRG?

Janir – A Responsabilidade ambiental é tratada como prioridade dentro da Superintendência do Porto do Rio Grande. A licença ambiental do complexo prevê uma série de atividades que devem ser realizadas pela instituição. Desde o dia que assumimos a SUPRG estamos trabalhando para poder cumprir todas as condicionantes apresentadas na licença bem como modernizar essa autorização para as novas demandas que o IBAMA vem solicitando a fim de renovar o documento.

No que tange as atividades ambientais, o departamento de Meio Ambiente teve seu orçamento aumentado em cerca de 60% para poder atender a todas as demandas. Possuímos inúmeros contratos de colaboração com a Universidade Federal do Rio Grande que tem um grande conhecimento sobre a região e suas características.

O Porto do Rio Grande foi o primeiro porto brasileiro a obter uma licença de operação e temos a certeza de que o desenvolvimento não pode ser a qualquer preço e sim o desenvolvimento deve ser feito com responsabilidade e cuidado não somente com o ambiente, mas também com as pessoas.

Destaques de movimentação no Porto do Rio Grande

Sérgio – Hoje, qual é a quantidade de navios mensal recebidos? E quais os seus tamanhos em média?

Janir – O Porto do Rio Grande está apto a receber navios de diversos tamanhos sejam eles com 180, 220 metros de comprimento e até maiores dependendo do calado. Hoje, o calado oficial máximo do Porto é de 12,80 metros para embarcações graneleiras, por exemplo. Nosso complexo realiza cerca de 300 viagens/mês.

Sérgio – E quais são os destaques de movimentação no Porto do Rio Grande?

Janir – O Porto do Rio Grande está diretamente ligado à produção gaúcha. O complexo é um reflexo direto da economia do Rio Grande do Sul. Estamos ligados a mais de 90% de todos os produtos produzidos com destino a exportação. Em 2016, movimentamos mais de 38,2 milhões de toneladas das mais variadas cargas. Passam pelo complexo grãos in natura, componentes de fertilizantes, toras de madeira, congelados, veículos. Uma grande variedade de produtos movimentados para mais de 90 destinos no mundo todo.

Caminho para o futuro: sistema logístico eficiente

Sérgio – Possuem algum projeto de investimento na infraestrutura do porto?

Janir – O Governo Federal está concluindo neste mês de setembro a obra de modernização do cais do Porto Novo. São 1125 metros de cais que estão sendo modernizados. O Porto Novo, que é o cais comercial de uso público, está agora no mesmo patamar de portos europeus. Um cais completamente novo, com maior capacidade técnica para equipamentos de grande porte o que dará maior agilidade no complexo portuário. Além disso, o cais novo permitirá investimentos futuros para aprofundamento do calado do Porto Novo dando ainda mais qualidade ao terminal. A obra totalmente conduzida e financiada pelo Governo Federal custou cerca de R$97 milhões e é um grande avanço para o Porto.

Sérgio – Qual a sua visão sobre o futuro portuário brasileiro?

Janir – Um sistema logístico eficiente é o caminho para o futuro. Não falo apenas do sistema portuário visto que ele precisa estar inserido em uma cadeia global de outros modais em que cada um tem sua importância. O sistema portuário brasileiro irá prosperar à medida que a logística nacional facilitar o acesso das cargas aos terminais portuários, seja no Rio Grande do Sul ou no nordeste brasileiro. É uma cadeia, um círculo sempre contínuo. Sobre os portos é preciso haver ainda mais investimentos e aprimoramento da cabotagem, bem como um sistema eficiente de dragagens constantes. Não há como pensar em uma nação desenvolvida sem um sistema logístico pleno e uma atividade portuária forte, competitiva e principalmente, ágil.

A Conexos agradece pelas informações prestadas para nosso Blog e leitores pelo Jair e a SUPRG. Assim como nós, espero que você tenha aproveitado os dados que estão nesta entrevista para entender o contexto dos portos brasileiros.

Não deixe de receber a próxima entrevista da nossa trilha:

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