O modal marítimo é muito importante e estratégico para os processos de comércio exterior no Brasil, já que o país tem milhares de quilômetros de costa. Para que o uso dessa opção seja bem-sucedido, é preciso que os portos nacionais tenham capacidade para dar vazão às necessidades. Nesse cenário, a dragagem portuária é um procedimento bastante importante.
Por meio dela é possível desassorear, alargar, desobstruir, remover, derrocar ou escavar material sólido, como lodo e areia, do fundo de corpos d’água (mares, baías e canais, por exemplo) que dão acesso aos portos.
Neste post falamos mais sobre como a dragagem influencia os processos de comércio exterior. Acompanhe!
As vantagens do investimento em dragagem portuária
O investimento em dragagem permite abrir novos portos e fazer a manutenção nos que já existem — algo essencial para a logística de comércio exterior. O procedimento é feito usando dragas (embarcações ou plataformas flutuantes que têm o equipamento necessário para fazer a remoção do solo).
Como a dragagem portuária permite abrir e alargar as áreas próximas aos portos, torna possível a movimentação de embarcações de vários tamanhos e, com isso, facilita os processos de carga e descarga.
Os impactos
Ampliar, recuperar e modernizar os portos brasileiros já é uma preocupação há alguns anos. Com o objetivo de reduzir custos logísticos, melhorar a eficiência operacional e aumentar a competitividade das exportações, investimentos governamentais foram feitos na infraestrutura portuária.
Em 2015, R$ 1,5 bilhão foram destinados à dragagem dos principais portos do país: R$ 395 milhões para o Porto de Santos (SP), R$ 220 milhões para o Porto do Rio de Janeiro (RJ), R$ 424 milhões para o Porto de Paranaguá (PR) e R$ 394 milhões para o Porto de Rio Grande (RS).
A ideia é que esses portos tenham condições de competir com outros mais avançados em termos de tecnologia e eficiência. A falta de dragagem pode minar rotas e sobrecarregar alguns portos, enquanto sua aplicação ajuda a otimizar os resultados da balança comercial.
Essas melhorias ajudam, ainda, a oferecer valores de frete mais adequados: navios menores, por exemplo, não terão transbordo, tornando o preço final mais atraente. Outro impacto importante são os investimentos atraídos para as proximidades do porto e que, consequentemente, aumentam a oferta de empregos.
O Porto de Vitória
O Porto de Vitória já foi um dos mais importantes do país, mas o pouco investimento em infraestrutura fez que ele perdesse mercado para unidades portuárias de outros Estados. Ao longo dos anos, deixou de receber linhas internacionais de carga.
No momento, ele está passando por obras de dragagem portuária e, quando elas estiverem finalizadas, o calado do canal de acesso deve passar a ter 14 m. Assim, poderá receber navios com até 70 mil toneladas (mais que o dobro do limite atual de 30 mil toneladas).
Com isso, o porto deve recuperar parte das exportações perdidas para outros portos brasileiros em razão da falta de acessos marítimos — que garantem a eficiência e a rentabilidade. Além disso, o aumento no calado melhora a produtividade de carga e descarga, o que abre mais janelas de atracação e possibilita a ampliação da quantidade de rotas.
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