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Acho que todos já ouviram falar sobre as guerras comerciais que estão acontecendo no mundo. Seja no noticiário ou na boca do povo, a guerra comercial entre EUA e China está em pauta mas gera ainda muitas dúvidas.

Pensando em esclarecer as questões abertas dessa guerra comercial e os impactos que ela causará (e causa) na economia mundial, elaboramos esse artigo que engloba muitas questões do assunto. Confira!

Guerra comercial entre EUA e China

Guerra comercial entre EUA e China

Este artigo faz parte da série “Volta ao Mundo” da Conexos. Uma série de conteúdos sobre os conflitos mundiais e expectativas para o comércio exterior. Hoje falaremos da guerra comercial entre EUA e China!

Confira nosso webinar sobre as expectativas para o comércio internacional em 2019 e o nosso último artigo sobre o Brexit!

Trump e o seu saudosismo ao protecionismo

Donald John Trump é um empresário, personalidade televisiva e político americano, sendo o atual presidente dos Estados Unidos.

Adotando um discurso conservador, tanto nos costumes quanto na economia, ele se elegeu em 2016 no país americano pela quantidade de delegacias eleitorais (perdendo por maioria para a rival Hillary Clinton).

Em sua campanha eleitoral ele afirmou que sua principal medida seria corrigir a balança comercial que, teoricamente, estava desfavorável. O país estava importando mais do que exportando e isso estava sendo uma preocupação na época.

A estratégia que ele adotou quando assumiu a presidência foi adotar medidas protecionistas com o país, aumentando as taxas de importações e fomentando a indústria interna. Mas será que era só isso que ele queria causar?

A ameaça chinesa com sua evolução econômica constante

A China foi subestimada por muitos anos quanto à sua expressividade no comércio internacional, isso facilitou seus caminhos para uma evolução econômica constante e significativa.

Com crescimento de 10% no Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos 20 anos – um PIB que já era alto -, ela começou a chamar atenção da atual líder do maior PIB do mundo, Estados Unidos.

O país oriental é um grande exportador de tecnologias, principalmente de telecomunicações e circuitos integrados, fato que atraia o país americano. O maior destino de exportação da China era os EUA, com um valor de $476 bilhões de produtos exportados em 2017.

Abaixo, observe o gráfico 1 sobre os produtos mais exportados pela China e o gráfico 2 sobre os destinos da exportação chinesa:

Pensando no grande volume de exportação chinesa para os americanos e na “ameaça” econômica e ideológica que o país representava, quem você acha que foi o principal alvo do protecionismo de Trump?

O início da guerra comercial entre EUA e China

A primeira grande medida do presidente norte-americano que iniciou a guerra comercial entre EUA e China foram os impostos sobre o aço e o alumínio. O aumento de 25% e 10%, respectivamente, sobre essas commodities, afetou tanto a China, como países europeus e até o Brasil.

Trump na época alegou que queria fomentar a indústria interna do país, gerar mais empregos e acabar com a dependência de matéria-prima de outros países exportadores de commodities.

Isso preocupou até o diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo, que afirmou que iria averiguar se esses impostos estavam dentro dos parâmetros legais do comércio mundial.

Mas foi quando Trump lançou um expressivo aumento de impostos sobre os produtos chineses que a situação se agravou. A medida acarretou um déficit para a China de quase U$ 50 bilhões, levando o país oriental a estudar medidas de retaliação.

Não passando muito tempo, a China já retaliou os produtos americanos fixando taxas que levaram a um déficit de U$ 110 bilhões para os Estados Unidos. Após isso, novos impostos e taxas foram sendo criados por ambos os lados, afetando não só as protagonistas do conflito, como todos os países com quem tinham relações comerciais.

Impactos da guerra comercial entre EUA e China

No início desse ano (2019), ambos os países fizeram um acordo de trégua sobre as impostos pregados por um período de 90 dias. Mesmo assim, os impactos sentidos pelos outros países foi grande e a preocupação desse protecionismo massivo ressurgir depois da trégua é atormentador.

Segundo especialistas da BBC, não se é notado nem uma melhoria econômica em ambos os países, como os seus líderes previam. Os Estados Unidos realmente conseguiram aumentar a mão de obra e o emprego, mas não conseguiu corrigir a balança comercial de forma favorável.

A China, que tinha um de seus principais compradores de produtos os EUA, sofreu com os impostos criados por Trump. Apesar disso, continua com sua crescência progressiva na economia.

Reflexos na economia brasileira e nas exportações

Em um parâmetro geral, o Brasil acaba saindo prejudicado com o protecionismo exacerbado de ambos os países protagonistas do conflito.

De um lado, temos o país norte-americano que é um grande comprador de nosso alumínio e aço. Do outro, temos relações hiper favoráveis com a China, que compra principalmente nossas commodities de soja.

Fora isso, o impacto nas relações comerciais mundiais também afetam o câmbio e a flutuação das moedas locais dos países em desenvolvimento.

Analisando a grosso modo, nosso maior superávit comercial é com a China, sendo os EUA movimentando apenas um pouco mais do que a metade que o país oriental. Dito isso, teremos que decidir um lado? Quais serão as medidas do governo Bolsonaro ante isso?

Saídas para o Brasil, sob o espectro do governo atual

Sabemos que o presidente Bolsonaro é um grande aliado ideológico dos Estados Unidos, recebendo grandes elogios do presidente americano Donald Trump. Mas será que essa relação amigável irá se refletir nas relações comerciais?

Esperamos que o nosso presidente não tome um partido  ante a guerra comercial que se instaura entre os dois grandes países. Uma possível perda das relações comerciais com a China seria preocupante e causaria um déficit enorme nas nossas exportações.

A solução mais viável, segundo analistas econômicos da BBC e da USP, é se abster da Guerra Comercial entre EUA e China e se preocupar apenas em corrigir os impactos que possam surgir no país, principalmente na flutuação do câmbio. Assim, possivelmente, não prejudicaríamos nossas exportações de produtos primários com ambos os países e tentaríamos amenizar o impacto do conflito.

Contudo, a necessidade de se manter uma relação comercial amigável com ambos os países também se mostra essencial, mesmo que com cautela.

O aumento da tarifa do aço nos EUA, commodity que exportamos em grande massa para lá, prejudicou consideravelmente nossa comercialização com o país norte-americano. Ter uma boa relação com ambas potências pode ser essencial para ficarmos de fora de futuras taxas que podem surgir.

Agora que você conhece um pouco mais da Guerra Comercial e dos impactos que ela pode causar, qual saída você acha que as duas protagonistas devem tomar? Deixe um comentário aí embaixo com a sua opinião!

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