Neste dia do café no Brasil, vamos conhecer mais sobre as movimentações desse grão no Brasil, um dos produtos mais consumidos no mundo todo, tanto que possui 3 datas comemorativas diferentes: duas internacionais e uma nacional.
Por mais de um século, o café foi uma das principais mercadorias de exportação do Brasil. Nosso país se mantém como o maior produtor de café do mundo e também os principais exportadores.
Acompanhe abaixo para entender melhor a história dessa tão amada bebida!
História do Café no Brasil
A chegada do café no Brasil foi em meados de 1727, quando também se deu o início do Ciclo do Café no Brasil. Sua entrada foi pelo estado do Pará e foi cultivado primeiramente em Belém, onde o consumo deixou de ser de luxo e passou a ser doméstico.
Durante o Brasil Império, aconteceu a expansão das lavouras de café (principalmente no Rio de Janeiro, onde sua exportação era feita pelos Portos) e seu cultivo foi intensificado e, a partir do século XIX, passou a representar a maior fonte de riqueza do país e principal produto a ser exportado.
Para agilizar o transporte desse grão das fazendas para os portos, foram construídas ferrovias graças aos lucros provenientes da exportação do café no Brasil – que também possibilitou a urbanização moderna dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
O Oeste Paulista era conhecido pelas terras roxas, extremamente férteis que garantiram o aumento da produção de café e uma diversificação da economia urbana com o intensificação de operários e aumento da classe média brasileira.
O Ciclo do Café no Brasil durou até a quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929, quando o Governo queimou o equivalente a três anos de consumo mundial de café – 71 mil sacas de café, o que fez o país se repaginar em sua cultura de consumo, produção e exportação do grão.
Exportações de Café no Brasil
Atualmente, os principais Estados produtores do café no Brasil são o Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo.
Com maior demanda pelo café Conilon e continuidade em gargalos logísticos, as exportações brasileiras de café em abril de 2022 totalizaram 2,809 milhões de sacas de 60 kg.
Em volume, ocorreu uma queda de 24,1%. No entanto, quando se fala de valores, houve aumento 34,1% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Mantendo seu posto de maior exportador de café do mundo, o Brasil é também o segundo maior consumidor de café do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos da América.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o consumo de café no Brasil per capita é de 4,9 quilos de café (torrado e moído) por ano – o que corresponde a 81 litros da bebida.
As dificuldades enfrentadas pelo setor cafeeiro em realizar suas exportações estão aumentadas devido a gargalos logísticos que são intensificados pela guerra na Ucrânia e também pelo Covid-19, que diminuiu as movimentações no porto de Xangai.
Principais compradores do café Brasileiro
A Rússia, que ocupava o 6º lugar de principal comprador, caiu para o 10º. A Alemanha agora ocupa o posto de maior comprador de café brasileiro, superando os Estados Unidos. Em seguida aos dois gigantes, temos a Bélgica, Itália e Japão respectivamente.
O tipo de café mais exportado é o café Arábica, natural da Arábia ou Etiópia e uma das primeiras espécies a serem cultivadas, representando 87% do total.
O complexo marítimo de Santos (SP) segue como principal exportador dos cafés do Brasil com 83,4% do total de exportações de café no Brasil. Na sequência, vêm os portos do Rio de Janeiro, que respondem por 12,3% dos embarques e Paranaguá (PR), com representatividade de 1,2%.
Segundo o presidente do Cecafé, Nicolas Rueda, a queda do volume embarcado de café no Brasil está ligada a vários fatores, como a aproximação do encerramento da temporada cafeeira 2021/22 e um rearranjo observado nos blends das indústrias brasileiras de café.
“O mês de abril é o ápice da entressafra de um ciclo produtivo inferior, havendo menor disponibilidade de cafés. Além disso, a disparada muito maior no preço do arábica em relação ao do conilon (robusta) fez com que o setor industrial ampliasse o percentual da segunda variedade nos preparos de seus cafés, reduzindo significativamente as remessas de canéfora ao exterior”
Nicolar Rueda, em nota
Gostou do texto? Inscreva-se em nossa newsletter para receber mais conteúdos sobre Comércio Exterior, Gestão Empresarial e Tecnologia.
Conheça também o Plano Secreto de Exportação do Conexos Cloud para entender como podemos alavancar os resultados da sua empresa e reduzir custos e retrabalhos do seu processo de Exportação!