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Uma série de eventos relacionados ao câmbio vem movimentando o mercado. Economistas e empreendedores se reúnem para discutir como a alta do dólar x desvalorização do real podem impactar o cenário econômico e o desenvolvimento brasileiro. No último mês, o COPOM elevou os juros básicos da economia para 12,25%. Junto a esse evento, foi possível constatar uma disparada no dólar, que bateu o recorde de R$6,30.

Desde então, a moeda vem oscilando seu valor e gerando uma série de especulações sobre o futuro. Onde investir e de que forma é possível se beneficiar com a alta do dólar? Essa é uma das perguntas feitas por muitos investidores, mas é possível crescer e obter rentabilidade mesmo com a valorização da moeda norte-americana. É o que ocorre nas exportações.

Neste artigo você verá como as oscilações cambiais podem trazer oportunidades para as exportações brasileiras. Isso, levando em consideração a atual cotação da moeda, que consta a R$6,07, de acordo com o Banco Central.

cotacao do dolar

Principais vantagens para os exportadores

Já se sabe que, para o mercado interno, o dólar alto pode ser prejudicial. A dinâmica afeta a balança comercial, aumentando os preços e reduzindo o poder de compra da população. Por outro lado, pode se tornar positivo para os exportadores que vendem seus produtos em dólares para o mercado internacional. Um grande exemplo é o agro brasileiro.

Agroindustria

O impacto varia de acordo com o setor. O agronegócio é um dos setores cuja maior parte da receita é relacionada ao dólar. Outro mercado que se destaca é o da indústria extrativa. Ao venderem seus produtos para o exterior, os exportadores aumentam a receita em dólares, mas por outro lado, gasta-se mais com os custos de produção, que tendem a aumentar nessas situações.

➡️Veja também: Estratégias atemporais para períodos de instabilidade cambial

A ampliação da competitividade no mercado internacional

A valorização do dólar torna os produtos brasileiros mais baratos em moeda estrangeira. Isso aumenta a competitividade dos exportadores brasileiros, permitindo que conquistem novos mercados ou ampliem sua participação nos mercados já existentes.

Diversificação de Mercados: A alta do dólar também pode encorajar empresas brasileiras a explorarem novos mercados internacionais, diversificando suas fontes de receita e reduzindo a dependência do mercado interno.

É possível equilibrar aumento de faturamento e de contas?

Ao venderem os produtos em dólares é possível notar um aumento do faturamento com a moeda valorizada, mas analisando por outro âmbito, o exportador precisa pagar algumas das suas contas em dólares, que nesse caso, ficarão mais caras.

Isso ocorre no caso do agronegócio, que depende da importação de máquinas e fertilizantes para a produção rural. Uma das opções para essa situação é trabalhar com mecanismos de proteção como o hedge fiscal, que garante que o setor registre ganhos líquidos. Somado-se a isso, os produtores rurais costumam manter um fluxo de caixa favorável, fato que torna possível a negociação das matérias-primas em dólar.

Outra alternativa é que as empresas do agronegócio que dependem dos insumos, também costumam manter um estoque para mais de um mês, o que possibilita que a importação de insumos com dólar mais alto possa esperar. Já a rentabilidade na comercialização dos produtos para o exterior é imediata, caso a venda se concretize. Os exportadores que exportam muitos produtos e dependem de poucos insumos do exterior, sentem muito mais o efeito positivo da valorização do dólar.

Hedge fiscal: um grande aliado na compra de insumos

O hedge fiscal pode beneficiar importadores de insumos para a indústria ao mitigar os impactos da volatilidade cambial, proporcionando maior previsibilidade e estabilidade nos custos operacionais. Quando há flutuações no câmbio, o custo total da operação pode sofrer mudanças significativas, impactando a carga tributária e o fluxo de caixa da empresa.

O hedge fiscal busca travar o valor em reais das obrigações tributárias relacionadas a operações internacionais. A ferramenta minimiza o impacto das variações cambiais, fornecendo maior previsibilidade sobre os custos fiscais.

A empresa pode usar contratos de hedge, como swaps cambiais ou contratos a termo, para conter a taxa de câmbio aplicável às operações tributadas. Isso, lembrando que deve ser combinado com estratégias de planejamento tributário para otimizar a apuração e o pagamento de tributos, alinhando-se às expectativas do fluxo de caixa.

Desafios que os exportadores devem vencer

Apesar da percepção de que quanto mais o dólar sobe, mais o preço da commoditie sobe, é preciso levar em consideração o fator sazonalidade, isto é, se a alta do dólar ocorrer fora do pico da comercialização da safra, pode ser que a alta não seja vantajosa.

Como citado, os produtores rurais destacam que isso pode impactar diretamente os custos de cultivo, fazendo com que os agricultores precisem recorrer ao crédito para plantar. Nesse caso, vale a busca por créditos bancários vantajosos e avaliar o que mais se adeque ao planejamento financeiro da empresa.

Uma opção para a redução de custos operacionais é o Drawback, um dos principais regimes aduaneiros especiais no Brasil, projetado para incentivar as exportações ao reduzir os custos tributários dos exportadores. Ele oferece benefícios significativos que tornam os produtos nacionais mais competitivos no mercado internacional, como a suspensão, isenção ou restituição de impostos de importações realizadas para a posterior exportação.

➡️Veja também: A valorização do dólar e seus reflexos no comércio exterior brasileiro

Como o Conexos Cloud pode beneficiar importadores e exportadores na alta do dólar

Um sistema completo como o Conexos Cloud pode proporcionar a realização de um planejamento financeiro que permita aos importadores e exportadores prever, planejar, e se preparar para as variações e o aumento de custos.

Na exportação com hedge, por exemplo, exportador de commodities pode usar o software para travar o câmbio com antecedência, garantindo a manutenção de suas margens mesmo em cenários de alta volatilidade. Ao utilizar o módulo de planejamento de custos e fiscal, o exportador pode identificar a possibilidade de redução de tributos ao aderir ao regime de drawback.

Faça uma demonstração gratuita e entenda como o Conexos Cloud pode ajudar em tempos de incertezas econômicas.

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Larissa Alves Borges

Larissa Alves Borges

Redatora Publicitária com graduação em Comunicação Social, Comércio Exterior e Letras. Pós-graduada em Marketing Digital, Direito Tributário e Gestão Pública.

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