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A saída do Reino Unido do bloco econômico da União Europeia, chamado de Brexit (Britanic + Exit), é um assunto que já está saturado na mídia e nos setores financeiros. O trâmite já está há anos em pauta e sua condutora, Theresa May, está sofrendo algumas dificuldades nesse processo.

Este artigo é o início da série de conteúdos “Volta ao Mundo” criado pela Conexos. Esperamos que você goste! Agora, acompanhe abaixo todas as informações e previsões importantes sobre o Brexit.

Brexit

Brexit

O início de tudo

Alguns setores da sociedade britânica e do mercado internacional estavam receosos quanto às vantagens do Reino Unido se firmar tanto na União Europeia em suas relações comerciais.

Especialistas conservadores apontavam na época que com a saída da nação britânica do bloco econômico, a economia iria progredir mais ao longo prazo. Isso causou um alvoroço na sociedade e culminou na aprovação do Brexit em plebiscito em 2016.

Devemos levar em consideração também que o Reino Unido e a comunidade europeia nem sempre se entenderam muito bem. Foram necessários anos de negociações para que o país britânico entrasse no bloco em 1975.

Theresa May, a defensora ferrenha do Brexit

Theresa May é uma política do Partido Conservador Britânico e  atual primeira-ministra do Reino Unido desde 2016. A sua principal bandeira é a da retirada do país do bloco econômico europeu, conseguindo grande apoio inicial do parlamento.

Filha de um reverendo anglicano, é conhecida pela sua postura eurocética, além de adotar ideias liberais nos costumes e conservadoras na economia. Atualmente, a primeira-ministra vem encontrando dificuldades em manter a sua proposta principal do Brexit.

No início desse ano, já com a aprovação da sociedade britânica e da União Europeia sobre a saída, ela levou a proposta do Brexit ao congresso e sofreu a pior derrota da história de um governo britânico.

Isso levou a primeira-ministra a se levantar com uma posição mais firme sobre a proposta, salientando o que, para ela, seria uma perda inestimável.

“Posso afirmar perante a Câmara, com certeza absoluta, que não existe um acordo melhor possível. Podemos apoiar este acordo, respeitar o sentido do voto do referendo e seguir em frente para construir um futuro melhor. Ou a câmara pode optar por rejeitar este acordo e voltar à estaca zero”, afirmou ela na Câmara dos Comuns.

Vale salientar que o que foi rejeitado no congresso britânico foi a proposta da primeira-ministra e seu partido, e não a saída em si. Independente de um acordo ou não, o Brexit já foi aprovado e vai ocorrer no dia 29 de março.

E isso leva a outro ponto: quais as saídas do Reino Unido perante essa situação?

O temor do “No Deal”

Essa é a pior das hipóteses e o que todo o mercado internacional teme, o Brexit acontecer sem um acordo.

O Banco Central Britânico já afirmou que se o “No Deal” se concretizar, o Reino Unido terá a pior recessão econômica desde 2008, impactando todos os países com que se tem relações comerciais.

Além disso, o reino britânico teria que concretizar as antigas relações comerciais em um novo modelo bruto e direto. Isso causaria um atraso enorme nas transações comerciais, causando um déficit preocupante.

Porém, ainda há salvamento para o Reino Unido e essa esperança se chama “New Deal”.

Um novo acordo (New Deal) para se salvar da recessão

A saída mais provável e a mais requisitada pela sociedade e congresso britânico é a apresentação de um novo acordo do Brexit para aprovação.

Isso demandaria da primeira-ministra um retrabalho do zero na construção de um novo acordo.

A inclusão de um período de transição menos abrupto e a elaboração de alianças comerciais com alguns países se torna necessária nesse novo acordo.

Em um discurso feito no lado de fora de sua residência, na Downing Street, May disse que acredita que seja seu dever cumprir a instrução do povo britânico de sair da União Europeia e pretende fazê-lo em um novo acordo.

“Estou convidando parlamentares de todos os partidos a se reunirem para encontrar um caminho a se seguir. Agora é hora de deixar o interesse próprio de lado”, finalizou ela.

Apesar disso, a oposição se mantém firme com a liderança de Jeremy Corbyn do Partido Trabalhista, solicitando um novo referendo e/ou plebiscito para a proposta. Mas essa seria uma saída possível?

Um novo referendo é uma opção?

Sendo uma pauta constantemente requisitada pelo Partido Trabalhista, um novo referendo ou um novo plebiscito está sendo cada vez mais pedido pela oposição do Brexit.

Essa ideia vem crescendo, ainda mais com as derrotas e inconsistências de Theresa May. Porém, ainda se mantém longe de sair do espectro ideal.

O plebiscito ocorrido em 2016, que levou à aprovação do Brexit em 51%, é incontestável e dentro dos parâmetros legais. Mesmo sendo uma votação apertada, foi uma decisão de clamor popular, fazendo com que a hipótese de um novo plebiscito se distancie da realidade.

Pois bem, sabemos então que o Brexit vai acontecer de uma forma ou de outra. Mas você conhece os impactos dessa saída para a economia britânica e mundial?

O impactos positivos e negativos do Brexit

São muitos os reflexos que a economia mundial irá sofrer com a saída do Reino Unido da União Europeia. E o Brasil não fica de fora dessa!

Período pós-Brexit complicado

Seja com um acordo ou com o No Deal, o período após a saída da União Europeia não vai ser nada fácil. Pela dificuldade que o reino enfrentará com a adaptação comercial, uma recessão expressiva irá se concretizar.

De acordo com o Fundo Monetário Internacional, a flutuação do câmbio irá se agravar, desvalorizando a moeda que é considerada a de maior valor no mundo, a Libra. Isso preocupa bastante o mercado financeiro e de ações, além do comércio internacional.

Poder de barganha aumenta

Um ponto que pode se mostrar positivo para o Brasil é que o poder de barganha, ou negociação, do Reino Unido irá aumentar relativamente.

Como a nação não estará mais vinculada a um bloco econômico, ela estabelecerá relações comerciais diretas com diversos países do mundo, independente da aprovação a União Europeia.

A possibilidade de um acordo comercial com o Brasil ainda é utópica, mas nada impede de, no período de negociação pós-Brexit, isso venha a se concretizar.

Acordo UE x Mercosul fica afetado

O acordo entre os blocos econômicos do Mercosul e a União Euopeia (UE) ficam relativamente afetados com o Brexit. Essa aliança comercial já estava em tramitação há alguns anos e tem ganhado força neste ano.

A saída de uma enorme potência econômica e comercial do bloco econômico europeu acaba por ser uma desvantagem visando as futuras relações comerciais entre o Mercosul e a UE.

Medo de um protecionismo iminente

Um grande medo dos países majoritariamente exportadores é de que o Reino Unido passe a adotar medidas protecionistas em sua economia, seguindo a linha conservadora dos Estados Unidos e da China.

Isso não seria tão impossível de se acontecer, principalmente pelo fato de Theresa May fazer parte de um partido conservador na economia, dando ela mesma apoio a declarações de algumas medidas econômicas conservadoras.

Mas agora queremos saber de você! O que você acha que vai acontecer com o Reino Unido depois do Brexit? Deixe um comentário abaixo com a sua opinião.

E fique ligado! Seguindo a série de artigos “Volta ao Mundo”, na próxima quarta-feira teremos um artigo exclusivo sobre a Guerra Comercial entre os EUA e a China!

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