Toda empresa tem, como objetivo final, o lucro. No cenário globalizado atual, isso está diretamente relacionado à satisfação das necessidades dos clientes. Para conseguir isso, porém, é essencial investir na padronização e na otimização dos processos da organização. O sistema OPT entra nesse quadrante.
Isso significa produzir mais com menos. E aí, entra a ajuda de conceitos, técnicas e tecnologias. Uma delas é a Tecnologia de Produção Otimizada (OPT – Optimized Production Technology). Neste artigo, vamos falar mais sobre o que é sistema OPT. Boa leitura!
O que é sistema OPT?
Desenvolvida por um grupo de pesquisadores israelenses, em 1978, a OPT é um método de gestão da produção. Apesar do seu nome, sua aplicação não garante soluções ótimas, já que se baseia em procedimentos heurísticos (em geral rápidos, baratos e práticos).
A ideia é ajudar na programação da produção de forma que a companhia tenha mais rentabilidade. Para isso, é preciso identificar, gerenciar e resolver seus gargalos — os recursos (uma máquina ou uma oficina com capacidade inferior à procura, por exemplo) que afetam as condições de produção na empresa.
Com a OPT, todos os esforços são voltados para a lucratividade. O sistema considera três indicadores financeiros — lucro líquido, retorno sobre o investimento (ROI) e fluxo de caixa — e três operacionais — taxa de produção de produtos, inventário e custos operacionais.
Os operacionais refletem diretamente nos financeiros: se a taxa de produção aumenta e o estoque e os custos permanecem constantes, sobem o lucro, o ROI e o fluxo de caixa. Ou seja, para que a empresa ganhe mais dinheiro, deve-se aumentar o fluxo, reduzir os estoques e diminuir as despesas.
Quais são suas regras?
A OPT tem algumas regras para que seja viável, mesmo diante dos imprevistos, controlar a produção. Confira:
- o fluxo deve ser balanceado, não a capacidade: isso é possível a partir da identificação dos gargalos que o limitam;
- o nível de uso de um recurso não gargalo não é definido por seu potencial: ele pode ser afetado por restrições do sistema ou por imposições do mercado, por exemplo;
- o uso e a ativação de um recurso não são sinônimos: usar é fabricar peças conforme a taxa de produção e ativar significa produzir itens na máxima quantidade possível;
- ganhos em recurso-gargalo são bons para todo o sistema: como eles limitam a capacidade, manter a produção elevada faz o tempo gasto na sua preparação ser menor;
- ganhos em recurso não gargalo são ilusórios: apesar de aumentarem o estoque, o ganho não é repassado para o recurso-gargalo;
- o lote de transferência deve ser diferente do de processamento: o primeiro é apenas uma parte do segundo;
- o lote de processamento não pode ser fixo: ele deve ser variável, já que depende da situação da fábrica no sistema OPT;
- recursos-gargalo definem o fluxo do sistema e os estoques: assim, um atraso nos recursos que o alimentam pode ser absorvido;
- a programação de atividades e a capacidade produtiva devem ser consideradas simultaneamente, não sequencialmente: isso facilita sua análise sob o ponto de vista de resultado.
Como funciona?
Inicialmente, a OPT identifica os recursos usados nos processos de produção e quais as restrições à capacidade de produção, à procura de mercado ou, até mesmo, aquelas impostas pela empresa. Depois, ela aponta os recursos críticos, que definem o ritmo e o volume de produção, e permite programar as atividades para maximizar o fluxo de produção de acordo com as necessidades.
Em seguida, busca-se prever os acontecimentos que podem atrasar o processo (como a falha em equipamentos existentes ou no fornecimento de materiais) para criar depósitos de segurança e obter, assim, um fluxo contínuo de produção.
Quais são as vantagens?
A OPT torna o sistema produtivo mais flexível — permitindo alterar seu mix de produção. Ao dar atenção aos recursos-gargalo, dos quais depende a produção, ela ajuda as organizações a dirigirem sua atenção aos problemas que comprometem o seu desempenho.
Os resultados da implementação da metodologia são notados rapidamente, pois a atenção fica restrita aos poucos pontos críticos existentes. Ela ainda pode ser usada como simulador da fábrica para responder a perguntas relacionadas ao processo.
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