A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgaram um estudo que mapeia iniciativas internacionais de descarbonização para setores energointensivos como aço, cimento, vidro, alumínio, papel e celulose, e químico. O objetivo é oferecer recomendações ao Brasil para construir um plano robusto de transição para uma economia de baixo carbono.
Principais destaques
O estudo analisa práticas de países como União Europeia, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos, identificando ferramentas como:
- Clusters industriais: colaboração entre empresas do mesmo setor.
- Financiamento climático: subsídios e incentivos econômicos.
- Precificação de carbono: políticas que atribuem valor financeiro às emissões.
Brasil como líder potencial
Com uma matriz energética limpa e abundância de recursos naturais, o Brasil tem a oportunidade de liderar a descarbonização industrial global. Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do MDIC, destaca que o país pode se tornar referência em economia verde ao avançar em inovação e sustentabilidade.
Resultados do estudo
O levantamento aponta que 58% dos países possuem ações para mitigar emissões industriais, com destaque para setores como cimento, alumínio e aço. No Brasil, além de superar barreiras comerciais, é essencial consolidar um mercado de carbono estruturado e reforçar o combate ao desmatamento ilegal para atender aos compromissos do Acordo de Paris.
Recomendações principais
- Política Nacional de Descarbonização: metas claras e incentivos regulatórios para tecnologias limpas.
- Incentivos econômicos e fiscais: promover eficiência energética e precificação de carbono.
- Investimento em tecnologia: fomento à pesquisa e capacitação industrial.
- Cooperação internacional: parcerias para troca de tecnologias e melhores práticas.
- Financiamento direcionado: linhas de crédito para infraestrutura sustentável com condições favoráveis.
Compromissos climáticos
Na COP29, o Brasil reforçou a meta de reduzir emissões entre 59% e 67% até 2035, com base nos níveis de 2005. O estudo é um marco para alinhar a indústria nacional às metas globais, fortalecendo a competitividade e contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.