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Neste artigo você verá de forma prática, intuitiva e funcional como usar os incoterms, os conhecidos termos do comércio exterior que delimitam as responsabilidades e obrigações entre exportadores e importadores. Boa leitura!

➡️VEJA TAMBÉM: Incoterms: O Guia Completo para o Comércio Exterior em 2023

Principais custos de importação

Para que servem os incoterms? Principais dúvidas

A principal funcionalidade dos Incoterms é definir e assegurar a distribuição de responsabilidades, riscos e custos entre comprador e vendedor em operações de comércio exterior. Eles determinam, de forma objetiva, o ponto exato em que ocorre a transferência de riscos e despesas, o que inclui frete, seguro, desembaraço aduaneiro e outros encargos.

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Por que usar incoterms nas operações?

Sem a utilização dos Incoterms, as partes envolvidas podem enfrentar ambiguidades contratuais, o que pode gerar disputas sobre quem arca com determinados custos ou riscos. Essa ausência de clareza pode resultar em atrasos na entrega, prejuízos financeiros, litígios e insegurança jurídica, comprometendo a eficiência e a segurança das operações de importação e exportação.

Os incoterms servem para todos os modais?

Os Incoterms são aplicáveis a várias modalidades de transporte, mas alguns foram desenvolvidos com foco no transporte marítimo.

  • FOB, FAS, CFR e CIF: têm foco nas operações por via marítima ou fluvial, pois envolvem procedimentos específicos em portos e navios.
  • EXW, FCA, CPT, CIP, DAP, DPU e DDP: esses podem ser utilizados em operações multimodais, já que não fazem referência exclusiva a procedimentos marítimos.

O uso dos incoterms é obrigatório?

Não são obrigatórios. Seu uso é facultativo, mas todos usam, pois a prática torna a operação muito mais segura.

Os incoterms podem mudar?

Sim, os Incoterms podem ser revisados e atualizados. A Câmara de Comércio Internacional (ICC) realiza essas revisões periodicamente para adaptar os termos às novas práticas, inovações tecnológicas e mudanças no comércio internacional.

No caso, a versão Incoterms 2020 substituiu a de 2010, visando oferecer maior clareza e segurança nas transações comerciais. É importante que as partes envolvidas em uma negociação definam claramente qual versão dos Incoterms será aplicada ao contrato.

Confira, abaixo, a versão mais recente da tabela⬇️

Tabela de incoterms atualizada

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Incoterms na prática: como usá-los nas operações?

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Vamos à parte prática do processo! É importante saber que Incoterms são definidos na fase de negociação e formalização do contrato de compra e venda, antes do embarque da mercadoria.

Essa decisão inicial alinha as responsabilidades, custos e riscos entre vendedor e comprador, garantindo clareza e segurança para a operação de importação ou exportação. Ficou claro? Ótimo!

Passo a passo de como usar os incoterms

1- Análise da Operação:

Avalie se a transação é de importação ou exportação.
Identifique a natureza da mercadoria e o meio de transporte (marítimo, aéreo, terrestre ou multimodal).

2- Mapeamento de Riscos e Responsabilidades:

Determine quais custos (frete, seguro, impostos, etc.) e riscos (danos, extravio, atrasos) cada parte está disposta a assumir.
Considere a estrutura logística e a experiência de cada parte na operação.

3- Consulta aos Incoterms Atualizados:

Analise as regras dos Incoterms mais recentes (por exemplo, Incoterms 2020) para entender as obrigações e limitações de cada termo.
Compare opções como EXW, FOB, CFR, CIF, entre outros, levando em conta a transferência de riscos e custos.

4- Seleção do Incoterm Adequado:

Escolha o Incoterm que melhor se alinha com as necessidades da operação, garantindo que as responsabilidades estejam equilibradas entre importador e exportador.
Verifique se o Incoterm selecionado atende aos requisitos legais e logísticos do país de origem e destino.

5- Negociação e Formalização no Contrato:

Negocie com a contraparte para chegar a um acordo mútuo sobre o Incoterm.
Insira o Incoterm escolhido no contrato de compra e venda, especificando o local de entrega, momento de transferência de riscos e demais condições relevantes.

6- Revisão e Acompanhamento:

Após a formalização, revise periodicamente a operação para garantir que o Incoterm continua sendo o mais adequado conforme possíveis mudanças nas condições de mercado ou logísticas.
Faça ajustes em operações futuras com base nas lições aprendidas.

Pronto! Esse processo garante que as responsabilidades, custos e riscos estejam claros para ambas as partes, minimizando conflitos e proporcionando maior segurança nas transações de comércio exterior.

Modelo de contrato de incoterms

Um modelo de contrato que define os Incoterms deve ser estruturado de forma que fiquem claras as responsabilidades, os riscos e os custos de cada parte durante a operação. O que não pode faltar no contrato:

  • Identificação das Partes: Informações completas do vendedor/exportador e do comprador/importador (nome, razão social, CNPJ/CPF, endereços e contatos).
  • Objeto do Contrato: Descrição detalhada da mercadoria (quantidade, especificações, embalagem, etc.).
  • Cláusula de Aplicação do Incoterm: especificação do Incoterm escolhido e definição do local de entrega e o momento da transferência de riscos.
  • Preços e Condições Comerciais: valor da mercadoria, condições de pagamento e responsabilidade por custos adicionais (frete, seguro, impostos, etc.).
  • Obrigações e Responsabilidades: detalhamento das obrigações de cada parte quanto ao transporte, desembaraço aduaneiro, seguros e demais custos e especificação dos prazos para entrega e procedimentos em caso de eventuais atrasos ou danos.
  • Procedimentos Logísticos e de Transporte: instruções relativas ao embarque, transporte e entrega da mercadoria.
  • Desembaraço Aduaneiro: definição clara de quem é responsável pelo desembaraço de exportação e importação, bem como pelas despesas aduaneiras.
  • Garantias, Seguros e Responsabilidade por Sinistros: cláusulas que tratem da qualidade da mercadoria, garantias oferecidas e responsabilidades em caso de sinistros.
  • Cláusulas de Rescisão e Penalidades: condições para rescisão contratual e penalidades aplicáveis em caso de descumprimento das obrigações pactuadas.
  • Disposições Gerais: foro e legislação aplicável, confidencialidade, possibilidade de alterações e aditamentos contratuais.
  • Assinaturas: assinaturas das partes, data e local da celebração do contrato.

Essa estrutura garante que todos os aspectos da operação – desde a definição do Incoterm até os detalhes logísticos e legais – estejam bem definidos, assegurando transparência e segurança jurídica para ambos os lados na transação de comércio exterior.

Exemplo de negociação de incoterms

Criamos uma situação fictícia que exemplifica bem o uso dos incoterms nas operações. Vamos lá:

Imagine que um empresa brasileira está negociando com uma exportadora alemã a compra de 500 componentes automotivos. Durante a fase de negociação do contrato, ambas as partes discutem as responsabilidades, custos e riscos envolvidos na operação.

Como o importador brasileiro busca segurança na operação, sugere o uso do Incoterm CIF, de modo que o exportador se responsabilize pelo frete e seguro até o porto de destino, garantindo proteção para a carga. Já o exportador argumenta que já possui uma estrutura logística consolidada e prefere o Incoterm FOB, em que a responsabilidade é transferida ao importador no momento em que a mercadoria é embarcada, permitindo maior controle no embarque.

Após analisar os prós e contras de cada opção, as empresas decidem por um meio-termo e optam pelo Incoterm CFR, onde o exportador se compromete a pagar o frete até o porto de destino e o risco é transferido para a importador brasileiro assim que as mercadorias são embarcadas no navio. Dessa forma ocorre a definição e formalização do contrato.

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Conexos Cloud: é possível gerenciar incoterms por meio de software de comércio exterior?

É possível gerenciar e definir os Incoterms via Conexos Cloud. Nosso software oferece uma interface integrada que centraliza informações e automatiza diversas etapas do processo de importação e exportação. Com recursos especiais, o Conexos Cloud não apenas simplifica a definição dos Incoterms, mas também contribui para a segurança jurídica e operacional das transações internacionais!

➡️VEJA TAMBÉM: Como um software de comércio exterior pode ajudar na negociação dos Incoterms

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Larissa Alves Borges

Larissa Alves Borges

Redatora Publicitária com graduação em Comunicação Social, Comércio Exterior e Letras. Pós-graduada em Marketing Digital, Direito Tributário e Gestão Pública.

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