O termo “fisco” pode ser familiar, mas você sabe exatamente o que ele significa? Basicamente, o fisco é uma autoridade fazendária responsável pela administração e fiscalização dos tributos em um país, abrangendo as esferas federal, estadual e municipal.
O que é Fisco?
Com raízes históricas que remontam ao Império Romano, a palavra hoje se refere aos órgãos governamentais encarregados de garantir que as leis tributárias sejam cumpridas. A função do fisco é essencial: ele monitora o pagamento de impostos pelas empresas, atuando para prevenir a sonegação fiscal e assegurar uma arrecadação justa.
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Compreender o papel do fisco é vital para empresas e profissionais que lidam com tributos. Mantendo-se em conformidade com as regras fiscais, evita-se enfrentar penalidades e complicações legais.
Portanto, estar bem-informado sobre as atividades do fisco e suas diferentes áreas de atuação é uma peça-chave para a gestão fiscal responsável e eficiente.
Conheça os principais órgãos responsáveis pela administração tributária em um país:
- Receita Federal: cuida dos tributos federais;
- Secretarias de Fazenda Estaduais: gerenciam tributos estaduais;
- Secretarias de Finanças Municipais: responsáveis pelos tributos municipais;
- Procuradorias Fiscais: lidam com a cobrança de dívidas fiscais;
- Tribunais de Contas: fiscalizam gastos públicos e a arrecadação de tributos;
- Polícia Fiscal: investiga evasão fiscal e sonegação;
- Outros órgãos reguladores: dependendo das circunstâncias, outros órgãos podem ter responsabilidades relacionadas à fiscalização tributária.
Esses órgãos governamentais, quando trabalham em conjunto para administrar, fiscalizar e garantir o cumprimento das leis tributárias em um país, compõem o que é geralmente referido como “o fisco”.
Ou seja, o termo “fisco” é uma maneira abreviada de se referir a todas as autoridades fiscais, órgãos e entidades relacionadas ao governo que desempenham um papel na gestão e na arrecadação de impostos em todas as esferas fiscais.
Como o Fisco funciona? Entenda quais são as esferas fiscais
O Fisco atua em três esferas – federal, estadual e municipal – cada uma delas tem suas próprias responsabilidades e regulamentos relacionados aos impostos.
Fisco Federal: nesta esfera, a autoridade fiscal concentra-se na administração dos tributos de abrangência nacional. Sua atuação engloba a fiscalização e regulamentação dos impostos que afetam todo o país.
Fisco Estadual: o Fisco Estadual é responsável por supervisionar a aplicação das leis tributárias ao nível estadual. Cada estado pode ter regulamentos específicos relacionados aos impostos que se aplicam em sua jurisdição.
Fisco Municipal: a esfera municipal do Fisco lida com a gestão dos tributos ao nível municipal. Sua principal responsabilidade é fiscalizar e administrar os impostos que incidem sobre as empresas registradas em um determinado município.
Conheça os impostos e tributos de cada esfera fiscal
Fisco Federal
- II – Imposto de Importação;
- IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados;
- IOF – Imposto sobre Operações Financeiras;
- IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica;
- IRPF – Imposto de Renda Pessoa Física;
- ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural;
- COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social;
- CIDE – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico;
- CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;
- INSS – Instituto Nacional do Seguro Social;
- FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;
- PIS/PASEP – Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público.
Fisco municipal
- ISS – Imposto Sobre Serviços;
- IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana;
- ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Inter Vivos.
Fisco estadual
- ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias;
- IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores;
- ITCMD – Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação.
Conheça as 3 formas de recolhimentos de tributos
Listado a seguir estão os principais regimes de tributação, pelas quais as empresas podem recolher os tributos, cada uma com suas características e aplicabilidade de acordo com a natureza das atividades e do faturamento da empresa:
Lucro Real: o Lucro Real está diretamente relacionado ao faturamento e às atividades econômicas da empresa. O imposto de renda é calculado a uma taxa de 15% sobre o lucro líquido, enquanto a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) é de 9%. Vale destacar que os lucros são deduzidos do balanço patrimonial da empresa. Para PIS e Cofins, a tributação ocorre com base no percentual do faturamento da empresa.
Lucro Presumido: nessa modalidade, o tributo é calculado com base em percentuais do faturamento, dependendo da atividade da empresa, que pode ser de serviços, comerciais ou industriais. O Imposto de Renda (IR) pode ser pago com base no lucro presumido, com acréscimos caso o lucro ultrapasse o valor estimado.
Simples Nacional: este regime de tributação é unificado e inclui todos os encargos necessários para o pagamento dos tributos. É uma opção vantajosa para microempresas e empresas de pequeno porte, simplificando o processo de pagamento de impostos.
Como reduzir sua carga tributária no comércio exterior
No cenário do comércio exterior, a atenção à carga tributária é um aspecto crucial para o crescimento e a competitividade das empresas. Uma abordagem eficaz envolve a utilização de iniciativas como o regime Reintegra, que proporciona a restituição de tributos para exportadores, representando um incentivo significativo.
Além disso, o regime de drawback, que reduz os impostos sobre insumos importados para produção destinada à exportação, é uma ferramenta valiosa. A aplicação do regime de Ex-Tarifário, que oferece uma redução no Imposto de Importação em determinadas circunstâncias, também é uma estratégia inteligente.
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Paralelamente, uma gestão fiscal rigorosa e estratégica é fundamental. Esta gestão não apenas garante a aderência às normativas tributárias, mas também maximiza as possibilidades de economia fiscal.
Além dessas estratégias para reduzir a carga tributária e fortalecer sua presença no mercado internacional, é essencial ter um entendimento claro da contabilização de importação, uma área complexa, mas fundamental no comércio exterior.
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