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Não é incomum que uma carga que chegue ao porto seja enviada ao canal vermelho para fiscalização. E, quando isso ocorre, há grandes chances de que o contêiner tenha de ficar mais tempo do que o combinado com o armador (o free time) no local. Isso significa que será necessário pagar demurrage pelo contêiner.

Além da fiscalização no canal vermelho, o pagamento da demurrage também pode estar relacionado a dificuldade de organização, devido a alta quantidade de containers e processos de um mesmo negociante, fazendo com que a carga demore mais tempo para ser liberada para o desembaraço de entrega.

Uma diária de sobrestadia pode chegar a cerca de US$ 90 (mais de R$ 300). Em geral, o importador aceita fazer o pagamento da demurrage — especialmente os de pequeno porte, que não têm assessoria adequada — e o considera como parte do risco do negócio.

Controle adequado, informações corretas e esclarecimento sobre as responsabilidades das partes ajudam a evitar surpresas desagradáveis, como a chegada de uma fatura alta de algo que não tem contrapartida de valor para o importador.

Neste post, selecionamos algumas dicas de como evitar a demurrage. Confira!

demurrage
Demurrage

1. Negociação

Quando contratar o frete internacional na modalidade pós-pago, o importador pode buscar negociar o maior free time possível com o armador. No caso de fretes pré-pagos, é essencial negociar um free time mínimo, pois é comum que optem pelo frete de menor custo para economizar e, assim, recebam um free time menor.

2. Controle para evitar a demurrage

É essencial ficar atento à situação do recinto aduaneiro no período de chegada da carga ao destino. Dependendo da época, os atrasos na liberação da carga podem ser mais frequentes e isso afeta diretamente o prazo de devolução do contêiner.

Além disso, é fundamental que haja um controle preciso das datas de atracação dos navios e das datas-limite de devolução dos contêineres. Assim, há mais chances de que eles sejam devolvidos no prazo correto.

Paralelamente, é preciso ter toda a documentação referente ao processo bem organizada (Bill of Landing (BL), Minuta de Devolução, Ficha de Avaria, Conhecimento Eletrônico (CE) mercante e outros), pois cobranças indevidas são comuns até anos depois.

3. Free time

Alguns armadores iniciam a contagem de free time a partir da chegada da carga ao destino e outros só a consideram na presença de carga. Em geral, é a concorrência define o free time (que pode variar significativamente, dependendo do tráfego de origem) e o valor da diária de demurrage.

Quando os prazos livres de demurrage não são incluídos durante a negociação do frete marítimo de importação, o armador geralmente aplica sua tabela-padrão no destino. Nesse cenário, em geral o free time é de cerca de 7 a 10 dias para cargas secas e de 2 a 5 dias para as refrigeradas.

Os maiores prazos livres estão na Ásia (25 a 30 dias), de onde vêm grandes volumes de importação. Já na Europa e na América do Norte, os prazos médios ficam em 15 dias. Outra informação importante é o valor cobrado para a sobrestadia, já que ele varia para cada armador.

Vale confirmar, portanto, todos os detalhes (de preferência, os dados devem estar no conhecimento de embarque para evitar dúvidas). Assim, quando acabar o free time, pode-se analisar o preço de cada serviço (desocupação do contêiner ou extras para agilizar a devolução) para saber o que tem o melhor custo-benefício.

 

4. Desunitização

A fiscalização da Receita Federal (RF) incide sobre a mercadoria, não sobre o contêiner em si. O importador, pode, então pedir a desunitização do contêiner (ou seja, sua desocupação) para que possa entregá-lo ao armador e, desse modo, evitar o pagamento da sobrestadia. Em muitos casos, porém, é necessário recorrer a intervenção judicial para que o pedido seja acatado.

5. Cuidados com o contêiner

Antes de retirar o contêiner do terminal portuário, é importante verificar a condição externa do contêiner antes de retirá-lo do terminal portuário. Na devolução, é fundamental que a unidade seja entregue limpa, sem resíduos, e no local indicado pelo armador como depósito de contêineres vazios.

Qual a solução mais efetiva para controlar operações com containers?

Manter um controle rigoroso sobre os conteiners importados é uma missão das tradings e comerciais importadoras. Dependendo do volume de operações, devem haver pessoas dedicadas a isso no setor logístico das empresas e mesmo assim a tarefa é complicada.

Ter o controle de todas as operações dentro de um ERP é a solução mais efetiva para isso. Hoje graças a ferramenta do Siscomex Carga é possível saber com precisão todos os Containers que chegaram ao país, com número, lacre e demais dados. O Conexos consegue integrar estes dados via consultas automatizadas e manter tudo isso registrado e atualizado em seu banco de dados, com base nisso para cada operação pode ser definido o Free Time.

A partir daí todo controle fica automatizado, com emails de alerta de vencimento, relatório precisos de controle de volumes importados  além de permitir também o controle da finalização dos Containers, informando sua devolução e também os possíveis serviços que venham a ter sido aplicados aos mesmos.

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