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Recentemente, elaboramos uma série de pesquisas e análises sobre a alta no dólar, evento econômico cambial que afeta diretamente importadores e exportadores, que dependem das transações de moeda e compra e venda de divisas. Logo abaixo, você pode realizar a leitura dos estudos sobre o cenário atual:

➡️Veja também: A valorização do dólar e seus reflexos no comércio exterior

Principais custos de importação

Se você chegou até aqui, muito provavelmente busca informações precisas sobre o câmbio para projetar suas operações de 2025, realizar compra e venda de mercadorias internacionais de forma assertiva e com o mínimo de riscos para os seus negócios, correto? Reunimos, neste artigo, as principais informações para ampliar sua performance e minimizar os custos de comércio exterior.

➡️Veja também: Estratégias atemporais para períodos de instabilidade cambial

Projeção do dólar para 2025: um cenário de incertezas e disparidade entre oferta e demanda

Definir ou garantir de forma quantitativa as variações cambiais para este ano é um assunto delicado até mesmo para os estudiosos, especialistas econômicos e outros públicos dedicados a acompanhar os movimentos da economia e alta no dólar. Além de um mercado instável, temos uma moeda oscilante. A desvalorização do real frente ao dólar é algo que deve ser analisado criteriosamente.

Por um lado há quem defenda o equilíbrio e por outro, alguns especialistas tendem a ser mais céticos quanto a uma queda do dólar para os próximos meses. Pelo contrário, a economia norte-americana tende a se fortalecer cada vez mais. Assim, temos uma moeda forte frente ao real, fator influenciado pela política e outros eventos que afetam a economia.

Em meados de 2024, os principais bancos brasileiros apostaram em uma projeção de R$5,30 para o dólar até o final do ano. A realidade foi muito mais impactante, com o dólar sendo cotado a R$6,27 após decisão do Fed e falas de Haddad. Fatos que nos apontam a um cenário incerto e até negativo para 2025.

Segundo o Banco Central, o Brasil registrou a terceira pior saída de dólares da história em 2024, fechando o ano com uma saída líquida total de US$ 18,014 bilhões do país. Grande parte do saldo negativo foi impulsionada pelo fluxo financeiro, que em 2024 registrou uma saída recorde de US$ 87,214 bilhões – maior em 17 anos. Isso gerou uma intervenção significativa do Banco Central sobre tal impacto negativo.

Principais operações e investimentos responsáveis pela saída de dólares do Brasil:

  • investimentos em ações
  • títulos públicos
  • empréstimos e financiamentos externos

Principais causadores da valorização do dólar (fatores internos e externos):

  • incertezas econômicas e políticas
  • aumento da atratividade de mercados desenvolvidos

A alta do dólar em 2025 pode ser inevitável diante das condições econômicas globais e locais. Para mitigar os impactos, será crucial que economias emergentes, como o Brasil, adotem políticas fiscais e monetárias prudentes, promovam estabilidade política e incentivem a diversificação econômica. Do contrário, os desafios para consumidores e empresas serão ainda mais acentuados.

Levando em consideração o saldo negativo no fluxo cambial é necessário rever as estratégias para transações comerciais de bens e serviços, que possuem um papel essencial na economia, bem como para a balança de pagamentos do país.

Planejamento estratégico e análise do cenário financeiro: inteligência e minimização dos riscos

Aqui, chegamos a uma ferramenta essencial para minimizar os riscos financeiros e alcançar a sustentabilidade a curto, médio e longo prazo. É preciso ter uma visão ampla sobre as etapas que envolvem as operações de comércio exterior para antecipar os cenários adversos, alinhar recursos e dirimir impactos negativos.

Nesse caminho, algumas ações são de extrema importância para proteger os investimentos de uma possível alta do dólar:

  • Identificação e análise de riscos.
  • Diversificação de investimentos e renegociação de contratos.
  • Alocação eficiente de recursos, otimizando o uso do capital disponível.
  • Aprimoramento da tomada de decisão, adiando projetos de alto risco e apostando em fontes de financiamento mais vantajosas.
  • Prevenção de endividamento ao evitar de assumir dívidas além da capacidade de pagamento que podem ser afetadas pelo juros elevados.

Um planejamento estratégico é a principal “arma de defesa” contra riscos financeiros que podem comprometer a sobrevivência do negócios. Veja mais detalhes a seguir.

Pontos de atenção para importadores e exportadores

O cenário fiscal-monetário brasileiro atual está sendo caracterizado por uma erosão gradual dos fundamentos. A crescente dívida pública destaca uma necessidade de ajuste fiscal robusto para alcançar a estabilização. Enquanto isso, importadores e exportadores devem estar voltados para ações internas que garantam a fluidez do negócio e eliminação de gargalos.

➡️Veja agora: Alta do dólar: impactos e oportunidades para as exportações brasileiras

Estratégias de proteção cambial e crédito bancário

Seja para importadores, que precisam importar suas mercadorias do exterior, quanto exportadores que dependem de insumo internacional para viabilizar a produção, cabe um contrato de câmbio válido e que permita contratar compra e venda de divisas estrangeiras a uma taxa cambial determinada quando da contratação e que possa ser entregue em data futura, com vistas a evitar os riscos decorrentes de flutuações nas taxas cambiais.

Dentre as ferramentas de proteção cambial, destacamos o Swap e hedge, que promovem proteção contra as variações excessivas da moeda americana em relação ao mercado. Dessa forma, pode-se trabalhar com taxas prefixadas. Nessa modalidade, a empresa contratante recebe do BC o valor correspondente à variação cambial acumulada no período do contrato e o BC recebe da empresa o valor correspondente à rentabilidade acumulada pela taxa Selic.

Uma segunda alternativa é o crédito bancário, no caso, as operações de financiamento à importação, mecanismos que viabilizam as operações. Por meio de cooperações entre instituições financeiras é possível obter vantagens, como: alongamento do prazo de pagamento, custos a taxas internacionais e não utilização de capital próprio para pagar dívidas.

Tanto no controle da inflação quanto na estabilidade proporcionada pela política cambial, um financiamento à importação pode trazer vantagens financeiras ao importador.

Como trabalhar com base no entreposto aduaneiro

É possível construir um armazenamento estratégico em um momento de melhor estabilização do dólar. Uma das principais vantagens do entreposto aduaneiro é a postergação do pagamento de tributos, como Imposto de Importação, IPI, ICMS e outros. Os tributos só são pagos no momento em que a mercadoria é retirada do entreposto para consumo ou exportação. Isso alivia o impacto financeiro inicial e melhora o fluxo de caixa do importador, permitindo maior flexibilidade na gestão de capital.

Ao armazenar mercadorias no entreposto, o importador pode aguardar um momento mais favorável para internalizar os produtos, evitando flutuações cambiais desfavoráveis ou o risco de estoque excessivo em períodos de baixa demanda.

➡️Veja também: Entreposto Aduaneiro: significado, importância e funcionamento no Comércio Exterior

A hora certa de reduzir custos operacionais

Mais uma alternativa para reduzir o impacto de um dólar em alta é a otimização dos custos operacionais sem comprometer a qualidade e produtividade. Isso exige uma abordagem sistemática, que envolve análise de processos, investimento em tecnologia e práticas de gestão eficientes.

Um grande exemplo é o investimento em tecnologia. A automação de processos industriais reduz a dependência de mão de obra em tarefas repetitivas e aumenta a eficiência operacional. Investir em tecnologia, como sistemas de controle de produção (ERP, IoT, robôs industriais), permite monitorar e otimizar cada etapa do processo produtivo, minimizando desperdícios de tempo e recursos.

A isso, também é possível trabalhar com a estratégia de Lean Manufacturing (produção enxuta) identificando e eliminando desperdícios em todas as etapas dos processos. Essa análise deve ser realizada de acordo com o tipo e o modelo do negócio a ser aplicada.

Negociação com fornecedores externos

Revisar contratos e negociar condições mais vantajosas com fornecedores de matérias-primas e serviços é uma forma direta de reduzir custos. O foco, agora, deve ser obter condições mais favoráveis, como preços competitivos, prazos de pagamento flexíveis e reduções em custos logísticos.

Precificação e planejamento comercial assertivos

A alta do dólar exige uma estratégia de precificação ajustada para proteger a margem de lucro sem perder a competitividade. Com a alta do dólar, é essencial recalcular os custos variáveis que sofrem influência cambial. O indicado é observar a concorrência para manter a posição competitiva no mercado. Se os concorrentes não repassarem integralmente os aumentos, uma estratégia de preço agressivo pode ser necessária para manter as vendas.

É importante levar em consideração que em mercados mais sensíveis ao preço, pode ser necessário adotar uma estratégia de preço competitivo, enquanto em mercados premium, o impacto da alta do dólar pode ser mais facilmente absorvido.

Para o planejamento comercial é necessário investir no fortalecimento do relacionamento com os clientes e ações como prazos de pagamento flexíveis, planos de fidelidade, demonstração de valor agregado dos produtos, treinamento da equipe de vendas para lidar com o aumento de preços.

Identifique segmentos de mercado que são menos sensíveis a variações de preço, como consumidores que valorizam qualidade e serviços adicionais. Personalize a oferta para esses segmentos, destacando diferenciais que justifiquem o preço, como assistência técnica, garantia estendida ou entrega rápida.

Tecnologia e inteligência de dados a seu favor: como o Conexos Cloud pode ajudá-lo em 2025

O Conexos Cloud é o melhor e mais completo software para quem deseja importar ou exportar com sucesso. Além da automatização de até 70% da operação, o que gera economia com mão de obra e a redução de riscos e erros humanos, nosso sistema possui o Módulo Financeiro, que é essencial para o controle em épocas de variação cambial.

Controle seu fluxo de caixa: projeções financeiras em tempo real, permitindo uma visão clara das entradas e saídas, além de simulação de diferentes cenários financeiros para planejamento estratégico.

Gestão de Câmbio e Operações em Moeda Estrangeira: registro de contratos de câmbio e cálculo automático de variações cambiais.

Relatórios Personalizáveis e Dashboards Interativos: relatórios personalizados para auditorias, planejamento e análises de desempenho financeiro.

Além disso, o Conexos Cloud também oferece possibilidades como conciliação bancária automatizada e decisões baseadas em dados. Deseja investir em proteger suas importações da alta no dólar?

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Larissa Alves Borges

Larissa Alves Borges

Redatora Publicitária com graduação em Comunicação Social, Comércio Exterior e Letras. Pós-graduada em Marketing Digital, Direito Tributário e Gestão Pública.

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