O ano de 2024 já está chegando ao fim, e agora, no último trimestre, é possível analisar os resultados da balança comercial para entender o que o Brasil mais importou neste ano. Essa análise é importante para identificar os setores que mais dependem de produtos do exterior e reconhecer tendências que podem influenciar o mercado e o planejamento para o próximo ano.
Dito isso, vamos analisar o panorama de importações em 2024, e conferir quais foram os produtos mais importados pelo Brasil neste ano! Continue a leitura!
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Os 10 produtos mais importados pelo Brasil em 2024
Com base nos dados do ComexStat, os 10 produtos mais importados pelo Brasil entre janeiro e outubro de 2024 foram:
Produto | Valor US$ FOB | |
1 | Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) | 13.297.494.845 |
2 | Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) | 11.355.019.222 |
3 | Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores | 7.686.878.313 |
4 | Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus | 7.493.682.170 |
5 | Veículos automóveis de passageiros | 7.089.911.785 |
6 | Partes e acessórios dos veículos automotivos | 6.937.732.560 |
7 | Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) | 6.925.641.153 |
8 | Medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários | 6.736.731.006 |
9 | Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas | 5.874.784.507 |
10 | Outros medicamentos, incluindo veterinários | 5.110.701.252 |
Na imagem abaixo você visualiza a relação completa dos produtos mais importados para o país esse ano:
Fonte: ComexStat
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Como está a balança comercial até agora?
Fonte: ComexStat
Os resultados acima correspondem ao período de janeiro a outubro, mas, segundo dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), o acumulado até a 4ª semana de novembro de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado, apresentou um aumento de US$ 3,24 milhões (18,3%) no setor de agropecuária e um crescimento de US$ 138,56 milhões (15,9%) na Indústria de Transformação. Por outro lado, o setor de Indústria Extrativa registrou uma queda de US$ 3,13 milhões (5,4%).
Na balança comercial da 4ª semana de novembro, foi registrado um superávit de US$ 2,1 bilhões, com uma corrente de comércio (soma das exportações e importações) de US$ 11 bilhões. As exportações totalizaram US$ 6,533 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 4,471 bilhões.
Sendo assim, até a quarta semana de novembro, as exportações acumuladas no ano somam US$ 306 bilhões, enquanto as importações alcançam US$ 237 bilhões, resultando em um superávit de US$ 69,3 bilhões e uma corrente de comércio totalizando US$ 542,8 bilhões.
Principais países de origem das importações brasileiras em 2024
- China
- Estados Unidos
- Alemanha
- Argentina
- Rússia
- Índia
- Itália
- França
- México
- Japão
Fonte: ComexStat
A China se destacou como o principal parceiro comercial do Brasil em termos de importações em 2024. Segundo o relatório do Indicador de Comércio Exterior (Icomex), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), até outubro, o volume importado da China cresceu expressivos +38,6% em comparação com o mesmo período de 2023. Apenas na análise mensal de outubro, houve um salto de +63,6%, mostrando a forte dependência brasileira de produtos chineses. Apesar desse crescimento no volume, os preços médios das importações da China caíram -13,1%, o que contribuiu para equilibrar os gastos e manter o superávit comercial com o país.
Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar entre os maiores fornecedores do Brasil. No acumulado do ano, o volume de importações dos EUA cresceu +3,4%, enquanto na comparação mensal de outubro, o aumento foi de +4,3%. Ao contrário da China, os preços médios das importações americanas subiram +2,6%, o que, somado ao menor crescimento no volume importado, contribuiu para o déficit comercial com os EUA.
A Argentina também merece destaque no comércio com o Brasil. Em outubro, o volume de importações do país vizinho cresceu +28,3%, puxado principalmente pelo setor automotivo, que é um exemplo de comércio intra-indústria. Apesar disso, no acumulado do ano, o volume importado apresentou variações mais modestas em comparação com os líderes do ranking.
De acordo com o gráfico gerado pelo ComexStat, além da China, dos Estados Unidos e da Argentina, outros países como Alemanha, Rússia e Índia aparecem como importantes fornecedores para o Brasil
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Estados do Brasil que mais importaram em 2024
- São Paulo
- Santa Catarina
- Rio de Janeiro
- Paraná
- Minas Gerais
- Amazonas
- Espírito Santo
- Rio de Janeiro
- Bahia
Fonte: ComexStat
Com base no gráfico do ComexStat, é possível observar que os estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro lideraram as importações no Brasil em 2024, consolidando suas posições como principais polos econômicos do país. Esses estados, que possuem uma forte base industrial e comercial, mantêm volumes significativos de compras do exterior, principalmente em insumos e bens de capital para suas cadeias produtivas.
Porém, um ponto que chama atenção é o desempenho do Rio Grande do Sul, que ficou atrás não apenas de Minas Gerais e Paraná, como já era esperado, mas também de estados como Amazonas e Espírito Santo.
Segundo o MDIC, as importações no Rio Grande do Sul sofreram uma queda de 41,2% em maio, a maior retração entre todos os estados. Essa redução está diretamente ligada aos desastres climáticos que atingiram o estado, afetando severamente a produção local e reduzindo a demanda por insumos e bens importados.
O diretor de Planejamento e Inteligência Comercial do MDIC, explicou que as importações tendem a refletir os impactos de forma imediata, já que as compras externas são bloqueadas assim que os efeitos dos desastres começam a ser sentidos. Já nas exportações, o efeito demora mais a aparecer, pois muitos produtos já estavam estocados ou sendo embarcados.
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Gostou de saber quais foram os produtos mais importados de 2024? Os dados das importações em 2024 mostram como o Brasil segue dependente de produtos estratégicos para setores-chave da economia. Com o novo ano se aproximando, entender e gerenciar os custos de importação é essencial para que as empresas se mantenham competitivas no mercado global.
Identificar onde estão as principais despesas no processo de importação e aprender a otimizá-las pode ser o diferencial para aumentar a eficiência operacional e alcançar melhores resultados.
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