O Rio de Janeiro será o primeiro estado brasileiro a implementar o Novo Processo de Importação (NPI), com destaque para os regimes especiais Recof e Repetro, que beneficiam especialmente o setor de petróleo e gás. As empresas que operam nesses regimes no estado começarão a migrar para o novo sistema nas primeiras semanas do mês, enquanto a implementação nacional está prevista para a terceira semana de outubro.
Segundo Kleber Martins, Head de Desenvolvimento de Negócios da RGC Consultoria, o Rio de Janeiro foi escolhido para liderar essa transição por três fatores principais: a forte presença de operações do Repetro no estado, a prontidão técnica da Secretaria de Fazenda local e a capacidade das delegacias aduaneiras de se adaptarem rapidamente ao novo processo. As empresas que participarem deste projeto-piloto poderão se beneficiar da adaptação antecipada, além de ditar tendências e explorar novas oportunidades no comércio exterior.
O NPI trará significativas vantagens para as empresas importadoras, particularmente no setor de óleo e gás, um dos pilares da economia fluminense. Entre os benefícios esperados estão a redução da burocracia e dos custos operacionais, além de maior agilidade nas transações, o que poderá atrair novos investimentos estrangeiros para o estado e para o país.
A implementação do Portal Único de Comércio Exterior, incluindo o NPI, tem o potencial de adicionar cerca de US$ 130 bilhões ao PIB brasileiro até 2040, beneficiando aproximadamente 50 mil importadores em todo o país. O novo sistema promete diminuir o tempo de liberação de mercadorias, impactando diretamente a logística empresarial, com redução de estoques e custos associados. Outro destaque é o Licenciamento Flex, que permitirá maior flexibilidade nas operações de importação, eliminando a necessidade de novas transações para cada embarque.