A Exportação é a saída do território nacional, de maneira definitiva ou temporária, de bens ou serviços originários ou procedentes do país de maneira onerosa (venda ou remessa) ou gratuita. Para isso, é necessário o óbvio, retirar um produto do país (exportar).
Mas você sabe quais são os três tipos de exportação e quais são suas vantagens e desvantagens? Acompanhe com a gente!
Quais os tipos de exportação
Para exportar produtos e serviços é preciso que o futuro exportador se adeque a novos processos mesmo antes de prospectar clientes ao redor do mundo.
É fundamental entender com profundidade sobre sua atividade e o quanto domina o Comércio Exterior, para que possa escolher dentre os tipos de exportação que vão lhe atender com maior efetividade.
1. Exportação Direta
Na Exportação Direta o produto é exportado e faturado diretamente do fabricante para o exportador, sem qualquer intermediário.
O exportador não precisa contratar nenhum serviço adicional, pois realizará todos os trâmites necessários para a exportação, tendo total controle sobre seus produtos, estratégia e imagem no mercado externo.
A empresa exportadora é quem administra todas as vendas ao exterior, responsabiliza-se pelo embarque da mercadoria e internaliza todo o departamento de exportação montando uma equipe para gerenciar todos os pedidos, a logística e supervisionar todos os detalhes comerciais e burocráticos.
Vantagens e desvantagens do tipo de exportação: Direta
Nestes tipos de Exportação há diferentes incentivos fiscais que geram economia para o exportador, aumentando sua margem de lucro e tornando-o mais competitivo no mercado externo.
Além disso, a maioria dos produtos é isenta do recolhimento do IPI (Imposto sobre produtos Industrializados), não há incidência de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), PIS, COFINS ou IOF.
Embora exista o IE (Imposto de Exportação), ele só é cobrado para os raros produtos que o governo brasileiro não tem interesse em exportar. Para todo o restante a alíquota deste imposto é de 0%.
Como a empresa tem contato direto com os importadores (clientes dos outros países) será possível acessar de maneira praticamente instantânea como está sua imagem e presença no mercado externo, possibilitando ações rápidas de adequação de sua estratégia.
Para as empresas que optarem pela Exportação Direta, o departamento ou profissionais dedicados precisarão garantir que se cumpram todas as etapas estratégicas e operacionais desse tipo de operação, destacando-se alguns cuidados como:
- Cadastro no SISCOMEX (Sistema Informatizado de Comércio Exterior);
- Escala de exportação;
- Estrutura para conduzir os processos de documentação (burocracia);
- Operacionalização e distribuição; e
- Canais de marketing e vendas.
O alinhamento desses pontos garantirá a sinergia entre as expectativas de negócio com o aumento de chances de sucesso na atividade.
2. Exportação Indireta
A Exportação Indireta ocorre quando todo o processo de Exportação é realizado por um terceiro, normalmente uma Trading Company.
Não há qualquer envolvimento direto entre o dono da mercadoria e importador, cabendo à empresa terceira comprar os produtos com o objetivo de exportá-los, no entanto com relação à tributação, as mesmas regras da Importação Direta são aplicáveis (IPI, ICMS, PIS, COFINS, IOF, IE).
Nestes tipos de Exportação que incluem as Trading Companies, o exportador não precisa se preocupar com sua imagem no exterior e tampouco com algumas etapas estratégicas e operacionais como o transporte da mercadoria até o cliente final, o registro no Siscomex, a busca de clientes no mercado externo ou a construção de sua imagem internacional.
Todo esse processo é feito pelo intermediário que geralmente possui vasta experiência e conhecimento no mercado mundial.
Não é uma regra, mas geralmente as empresas começam com a Exportação Indireta, vão ganhando experiência e confiança e, com o tempo, optam por internalizar essa etapa do processo, adotando a exportação de maneira direta.
Vantagens e desvantagens do tipo de exportação: Indireta
A Exportação Indireta permite que a empresa tenha foco na sua expertise (por exemplo, como é comum, a fabricação de algum produto) e não se preocupe com a burocracia e todas as etapas do processo de exportação.
Uma das facilidades é poder tratar com uma empresa que já tem experiência com exportações e fala o mesmo idioma que o seu, possui os mesmos costumes e se responsabiliza por toda a negociação internacional.
Por outro lado, com intermediários a empresa perde a oportunidade de entender melhor o mercado, se fortalecer e internacionalizar sua própria marca e, evidentemente, lucrar mais.
Os riscos e o retorno são proporcionalmente menores, mas não tão menos atrativos assim.
3. Consórcio de Exportação
O Consórcio de Exportação consiste em um conjunto de empresas que atuam no mesmo ramo de mercado, pertencem ao mesmo setor econômico, fabricando e comercializando produtos e serviços de características semelhantes.
É um sistema criado para viabilizar as exportações de micro, pequenas e até médias empresas.
Geralmente estes tipos de exportação contam com o apoio de entidades governamentais, instituições de crédito, ensino e outras corporações de empresas como Associações Comerciais, SEBRAE, APEX etc.
A união dessas empresas é feita através de contrato, expondo e respeitando a capacidade individual de cada um desses participantes.
Vantagens e desvantagens do Consórcio de Exportação
O Consórcio de Exportação possibilita aos participantes uma diminuição dos gastos aduaneiros, custos de internacionalização em geral e aumento da possibilidade de conquista de mercados estrangeiros.
Possibilita ainda que as empresas guardem sua identidade como produtores e conservem sua própria estrutura administrativa, além do acúmulo de conhecimento e marketing internacional, acesso mais fácil às entidades de crédito bem como a criação de uma marca forte.
Entretanto, do outro lado da moeda, o comportamento individualista, os segredos industriais entre os participantes, o mal planejamento da produção, a ideia de visar apenas o lucro imediato (assumindo uma postura celular de curto prazo) e considerar o consórcio apenas como escape de crises internas pode fazer com que os consórcios sejam fadados ao fracasso.
Resumindo os tipos de exportação:
Optar por abrir-se ao mercado externo e tornar-se um exportador, independentemente dos tipos de Exportação disponíveis será, sem dúvida, a melhor escola de competitividade para sua empresa.
Essa medida forçará a otimização dos seus custos de produção, inovação, busca por melhores tecnologias e cuidado com a qualidade do produto (ou serviço), já que este será submetido às exigências do mercado consumidor externo.
A receita em moeda forte é um ótimo atrativo, ainda mais no cenário de câmbio atual, que por si só aumentam a competitividade e lucro.
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