Trabalhar com o mercado internacional é um desafio para toda empresa, pelo menos inicialmente. Conhecer as operações de exportação direta e indireta, por exemplo, é essencial para escolher o melhor caminho para o seu negócio.
A exportação direta e indireta de um produto ou serviço significa vendê-lo para que ele seja consumido em outro país. Mas como fazer isso da melhor forma? Confira o post a seguir!
Quais as diferenças entre exportação direta e indireta?
A diferença básica entre exportação direta e indireta é que, na exportação direta, não existe nenhum intermediário no processo, ou seja, a própria empresa é a responsável pela venda externa.
Já a exportação indireta ocorre com o intermédio de algum profissional ou empresa contratada para isso. Na verdade, existem algumas maneiras disso acontecer, como por meio de:
- consórcios de exportadores;
- empresas comerciais (apenas exportadoras ou que também atuam no mercado interno);
- trading companies (empresas especializadas em operações de exportação e importação).
Esses são os principais caminhos para vender algo para o exterior quando a empresa produtora não quer se preocupar com as burocracias do comércio internacional.
Que tipos de vantagens e desvantagens a modalidade direta oferece?
Na hora de escolher entre a exportação direta e indireta é preciso entender que a exportação direta é recomendada para quem quer ter completo controle da operação. Dentre as suas vantagens, estão:
- internacionalização da empresa e da própria marca;
- maior chance de lucro ao longo do tempo, já que não é preciso pagar intermediários;
- possibilidade de criar suas próprias estratégias e programar-se melhor para atender às demandas, pois, terceirizando, você perde esse poder e pode virar vítima de pedidos esporádicos que desequilibram sua produção;
- autonomia para buscar mercados e parceiros do seu interesse.
Em contrapartida, é natural que existam algumas desvantagens. Nesse caso, elas estão muito relacionadas à necessidade de investimentos por parte da empresa.
É preciso criar um plano para começar a exportar e nem sempre isso é tão fácil. Ter um setor ou ao menos uma pessoa especializada no assunto é imprescindível para fazer tudo da maneira correta. Outras áreas como marketing e logística também devem estar preparados para lidar com diferentes mercados.
De forma geral, há um aumento na demanda financeira e de recursos humanos. Além do mais, o processo pode ser mais lento do que quando é realizado por um terceiro que já é especialista no assunto.
E a indireta?
Da mesma maneira, a exportação indireta também apresenta pontos positivos e negativos. Um dos seus privilégios é ser um caminho mais rápido para exportar, já que não é preciso desenvolver o know how para isso.
Como dissemos, a criação de um departamento de comércio exterior, a pesquisa de mercados, o investimento em marketing internacional, a participação em feiras, entre outras atividades exigem tempo e dinheiro.
Outra facilidade é poder lidar com empresas que já têm expertise na área e negociam no mesmo idioma que o seu, têm os mesmos costumes, entre outros detalhes que costumam fazer das operações internacionais um desafio maior.
Ao mesmo tempo, você perde a oportunidade de entender mais do mercado, de internacionalizar sua própria marca e de lucrar mais — os riscos são menores, mas o retorno também deve seguir a mesma tendência.
E os consórcios de exportação, valem a pena?
Exportar indiretamente via consórcios de exportação geralmente é uma estratégia de micro e pequenas empresas, que se juntam para formar um grupo mais competitivo no cenário internacional.
A ideia é compartilhar os custos, riscos e as dificuldades que o início do processo de exportação apresenta. Embora no Brasil ainda seja uma atividade recente e sem tanta expressão, os principais tipos são:
- Consórcio de Promoção de Exportação: as vendas são realizadas diretamente pelas empresas que compõem o grupo;
- Consórcio de Vendas: as exportações são feitas pelo consórcio, com intermédio de uma empresa comercial;
- Consórcio de Área ou País: reunião de empresas que têm em vista uma região ou país específicos para vender;
- Consórcio Multi ou Monosetorial: diferenciam-se pelos produtos serem de um mesmo setor ou não.
Enfim, conhecer sobre exportação direta e indireta é muito importante para quem deseja operar no mercado internacional. Apesar de ser uma decisão complexa, ela pode fazer toda a diferença para os resultados da sua empresa.
Conseguiu entender melhor sobre a exportação direta e indireta? Para aprender ainda mais, leia o nosso post sobre como evitar retrabalho nos processos de comércio exterior!