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conexos módulo exportação

Iniciar um planejamento para internacionalizar uma empresa não é uma tarefa simples. Mas com certeza é algo que vale a pena a longo prazo. A alternativa de exportar produtos traz, além de um retorno financeiro, maior chance de expandir seus negócios e diminuir o risco em relação ao mercado interno. Conforme o segmento de atuação, a exportação ajuda a sua empresa se manter estável em meio às crises.

Muitos empresários recorrem ao mercado externo em um período crítico no mercado nacional, entretanto, o mais recomendado é iniciar um planejamento de exportação no melhor momento da empresa.

exportar produtos

As vantagens de exportar produtos são inúmeras, por exemplo:  

  • Inovação: adequar processos com qualidade e se reinventar;
  • Produtividade: a empresa buscará reduzir custos e aumentar a capacidade produtiva;
  • Redução de tributos: a empresa exportadora pode compensar o recolhimento dos tributos internos pela exportação.

Para destrinchar melhor sobre o assunto, neste texto vamos falar sobre as seis principais dúvidas na hora de exportar produtos. Acompanhe!

1. Quais os documentos necessários para exportar produtos?

Existem duas modalidades para quem deseja exportar produtos, que compreendem diferentes exigências documentais: a exportação direta e a indireta.

LEIA TAMBÉM: Tipos de Exportação: quais são, quais as vantagens e desvantagens

Exportação Direta

Na Exportação Direta, ou seja, quando o produto é faturado pelo próprio produtor, é necessário que a empresa esteja adaptada para atender a todos os requisitos de exportação.

LEIA TAMBÉM: Exportação Direta: o que é e como funciona?

Nesta modalidade a empresa deverá desenvolver uma área que esteja focada desde a parte comercial, a pesquisa de mercado e até os trâmites burocráticos exigidos.

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Além disso, a empresa precisa de habilitação no RADAR (Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros).

Esse registro é obrigatório na execução de qualquer operação internacional, uma vez que ele permite o acesso ao SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior), sistema responsável pelo gerenciamento das operações aduaneiras no Brasil.

A relação de documentos exigidos para habilitação no Radar está disponível no site do Governo Federal.

Os documentos mais utilizados exigidos para exportar produtos são:

  • Fatura Proforma: neste documento deverão estar todas as informações negociadas, tais como dados do exportador e do importador, descrição da mercadoria, quantidade, peso bruto e líquido, preço unitário e valor total. Além disso, deverão constar os detalhes do produto, pagamento negociado e logística acordada, que diz respeito ao tipo de embalagem, modalidade de transporte, condições de pagamento, termos ou condições de venda, data e local de entrega, local de embarque e desembarque, prazo de validade da proposta, assinatura do exportador, local para assinatura do importador com a aprovação da proposta;
  • Nota Fiscal;
  • Conhecimento de Embarque;
  • Fatura Comercial (Commercial Invoice);
  • Romaneio de Carga (Packing List);
  • Certificado de Origem;
  • Certificado de Qualidade.

Exportação Indireta

No que diz respeito à Exportação Indireta, o processo é realizado por empresas nacionais que adquirem produtos de diferentes produtores com o intuito de exportar produtos, como as trading companies. Geralmente essa modalidade é utilizada por empresas de pequeno porte, nas quais não há estrutura ou volume para exportação, quando a empresa está começando sua internacionalização ou simplesmente quando por decisão estratégica decide terceirizar esse departamento.

Nesse caso, a empresa não precisa passar por muitas adequações, pois não estará envolvida nos trâmites internacionais.

2. Como saber se meu produto é exportável?

Um dos primeiros passos é identificar um mercado consumidor para seu produto. Recomenda-se a participação em feiras internacionais, pois num primeiro momento nestes eventos é possível identificar a necessidade de cada país em relação ao seu produto.

Na sequência iniciam-se outras análises, principalmente para identificar os preços que já são praticados no país importador e se a empresa terá capacidade produtiva para atender a demanda.

Entender as barreiras tarifárias de cada país, custos envolvidos, prazos, embalagens, condições de pagamento: tudo isso deve ser analisado para que não inviabilize sua exportação.

As exigências documentais podem mudar de acordo com o país importador.

Existem também algumas fontes públicas para consulta, por exemplo o Comex Stat. Ele é um portal do Governo com acesso gratuito às estatísticas de Comércio Exterior, que permite pesquisar quais países mais importam o tipo do seu produto/serviço.

3. Quais são as estratégias que devo usar para exportar produtos?

LEIA TAMBÉM: Você sabe como começar a exportar? Veja algumas dicas!

Conseguir a atenção para seu produto é o primeiro passo para iniciar.

A pesquisa de mercado é o ponto-chave para seu negócio. Identificar como seu concorrente atua, visitar presencialmente clientes no exterior assim como entender suas necessidades são etapas também indispensáveis para iniciar qualquer acordo comercial.

Por isso, é importante desenvolver a capacitação de seus recursos humanos na área de Comércio Exterior e buscar parceiros estratégicos que irão fazer parte de toda a operação logística. Da mesma forma, é preciso investir em marketing internacional para divulgar seu produto em feiras e manter-se atualizado para participar de rodadas de negócios internacionais.

Primeiramente, é fundamental ter profissionais com conhecimento em Comércio Exterior que saibam lidar com a documentação exigida, tenham conhecimento acerca de acordos internacionais, pagamentos internacionais, logística internacional, embalagem etc.

Entender os aspectos culturais de negociação de cada país também é extremamente relevante, pois apenas o fator preço não será suficiente para exportar produtos. Quando se trata de mercado internacional, há diversos fatores envolvidos.

exportar produtos

Utilizar material promocional de qualidade e com opções em diferentes idiomas é essencial para divulgar seu produto. São várias as opções, por exemplo:

  • divulgação por mala-direta (e-mails);
  • páginas na internet, como sites ou blogs;
  • publicidade por via de anúncios pagos ou em revistas técnicas;
  • catálogo de exportação, folders com detalhes do produto.

4. Quais serão os Termos de Venda para exportar produtos?

O custo envolvido em uma exportação de produtos vai além do custo de produção e logística interna. Existem outros requisitos-chave que devem ser analisados e negociados previamente, como:

INCOTERMS

Em português são os Termos Internacionais de Comércio, que determinam a responsabilidade logística da exportação.

No geral, são divididos em dois grupos:

Transporte Multimodal

LEIA TAMBÉM: Transporte Multimodal e Intermodal: entenda as diferenças

  • EXW: Ex Works (Na Origem);
  • FCA: Free Carrier (Livre No Transportador);
  • CPT: Carriage Paid To (Transporte Pago Até);
  • CIP: Carriage And Insurance Paid To (Transporte E Seguro Pagos Até);
  • DAP: Delivered At Place (Entregue No Local);
  • DPU: Delivered At Place Unloaded (Entregue No Local Descarregado);
  • DDP: Delivered Duty Paid (Entregue Com Direitos Pagos).

Transporte Aquaviário

  • FAS: Free Alongside Ship (Livre Ao Lado Do Navio);
  • FOB: Free On Board (Livre A Bordo);
  • CFR: Cost And Freight (Custo E Frete);
  • CIF: Cost, Insurance And Freight (Custo, Seguro E Frete).

Em ambos os grupos, as iniciais de cada sigla correspondem a:

  • E – Todos os custos relacionados ao transporte são do importador;
  • F – Transporte principal não pago;
  • C – Transporte principal pago.

Prazo de pagamento

Uma modalidade muito comum no Comércio Exterior é a Carta de Crédito, que garante segurança tanto para o exportador quanto ao importador, convém estudá-la quando decidir exportar.

LEIA TAMBÉM: Carta de Crédito para Negociações Internacionais: O que é?

Custos com os trâmites burocráticos documentais

O “custo Brasil” deve ser analisado e planejado levando em consideração os riscos. Sendo assim, armazenagem, custo de logística interna, períodos com maior fluxo de exportação, épocas festivas e greves devem ser consideradas na precificação.

5. Como saber se meu produto tem Incentivos Fiscais para exportar?

Para incentivar as exportações, o Governo estabelece baixa oneração tributária facilitando a competitividade no mercado exterior.

Em relação aos tributos, é comum existir isenção em impostos diretos, inclusive na matéria-prima, peças e embalagens utilizadas como parte do insumo para exportar produtos.  

O IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em geral são isentos na Exportação Direta. Na aquisição dos insumos, esses impostos são considerados como crédito e na exportação é considerado o débito, de modo que o recolhimento se dá apenas pelo saldo no registro fiscal.

A isenção do COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) aplica-se para exportações diretas e indiretas. Por outro lado, o PIS (Programa de Integração Social) é aplicado para a exportação direta e venda para trading companies somente.

É possível o produtor importar insumos com isenção do Imposto de Importação (II), IPI e ICMS a partir do Regime Drawback. Contudo, esse benefício é aceito apenas nos casos em que o insumo importado for utilizado na produção de um produto que será exportado.

Existem várias modalidades de Drawback, portanto, é importante analisar a melhor opção para sua empresa.

Módulo Drawback

Outros incentivos são os financiamentos à exportação, que se aplicam para a produção do bem exportado ou à comercialização externa dos bens. Um dos programas disponíveis é o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que financia a exportação de bens e serviços.

Como se vê, são várias opções que ajudam a reduzir custos e possibilitam que o produtor brasileiro se mantenha competitivo no mercado externo.

6. Devo fazer uma política de pós-venda?

Uma das maiores preocupações numa operação internacional é a logística. Com uma política de pós-vendas, o exportador entra em contato para saber se o produto chegou em boas condições assim como, se o produto supriu a necessidade do cliente.

É muito provável que o importador entre em contato no caso de qualquer problema, mas estabelecer essa proatividade e preocupação faz toda a diferença e coloca sua empresa à frente no mercado.

O pós-vendas também proporciona o contato contínuo com o importador, visto que o envio de lançamentos e ofertas proporcionam uma visibilidade constante e maior chance de negócios futuros.

O objetivo é criar um relacionamento de confiança entre sua marca e seu cliente, até porque estabelecer uma política de pós-vendas fortalece a relação comercial e proporciona novas negociações e fidelização.

Conclusão

Toda exportação deve ter um planejamento, e para isso já existem no mercado várias ferramentas de automatização para facilitar toda a gestão da operação. A organização e os ganhos operacionais são essenciais para que a empresa consiga se manter no mercado internacional.

Conheça os sistemas de automatização de importação e exportação da Conexos e saiba como eles podem auxiliar nas suas operações de comércio exterior, desde às burocracias da documentação até o acompanhamento de sua carga.

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