Um período de grande tensão para importadores e exportadores. A crise logística está gerando impactos significativos nas operações internacionais, impulsionada por fatores como o aumento dos preços dos contêineres e a seca na Amazônia. Esse cenário crítico pode afetar toda a cadeia de suprimentos, resultando em um prejuízo anual estimado em R$21 bilhões.
Aumento do custo do frete: valor da rota China-Brasil varia entre US$8.500 e US$9.000 nos portos da região Sudeste.
Dentre os motivos para a elevação do custo está a baixa oferta de contêineres e navios de transporte, o que gera entraves na saída e chegada de mercadorias ao Brasil. O baixo nível de águas em rios e portos também demanda atenção, situação agravada pela seca na Amazônia.
Tal crise vem impactando o comércio de insumos, grãos, produtos químicos, eletroeletrônicos, dentre outras mercadorias que afetam diretamente a indústria e o comércio nacional e internacional. O caos já é sentido na Zona Franca de Manaus, polo econômico que abriga diversas empresas ligadas ao comércio, indústria e agropecuária.
Recentemente, o governo federal anunciou investimentos em portos brasileiros em diversas regiões, como o Porto de Santos, o Porto de Vitória, dentre outros. Os especialistas no setor advertem que a tendência é que os preços do frete internacional permaneçam elevados nos próximos meses. A saída é o investimento em modernização e infraestrutura dos portos nacionais.
O transporte marítimo responde por cerca de 90% do comércio internacional, e mais de 80% das exportações brasileiras ocorrem por meio de portos marítimos. No entanto, o país ainda enfrenta obstáculos significativos, como a burocracia excessiva e a escassez de mão de obra qualificada.
Embora o Brasil tenha uma posição estratégica no comércio global, superar esses desafios é fundamental para atrair investimentos e explorar plenamente seu potencial econômico.