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Se você chegou até aqui é porque busca informações sobre a importação de peças automotivas. Já adiantamos que esse tipo de operação exige cuidados específicos para evitar prejuízos e entraves.

Os cuidados para a operação vão desde o planejamento, escolha de fornecedores, incluindo o gerenciamento do embarque, transporte e entrega das peças no destino correto. Por isso, reunimos as informações aqui neste artigo. Sugerimos a leitura para que você possa importar com total segurança.

É possível importar peças de carro?

Sim, importar peças automotivas é possível! Apesar de ser um processo complexo e até burocrático, com o devido conhecimento você poderá adquirir suas peças do exterior. Os principais modais de transporte para a importação de peças automotivas para o Brasil são o marítimo, aéreo e rodoviário.

Lembramos que você pode importar quase todas as peças, exceto pneus usados. A importação de pneus usados é proibida no Brasil, devido a questões ambientais e para evitar descarte inadequado. A reciclagem de pneus importados também pode gerar impactos para a indústria brasileira que fabrica pneus novos.

A proibição da importação de pneus usados foi estabelecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2009, no julgamento da ADPF 101. Já a importação de pneus novos não é proibida.Também é proibida a importação de fluidos, baterias e tintas, devido à licença ambiental.

Vale lembrar que é permitida a importação de diversas outras peças, como: faróis, retrovisores, espelhos, lanternas, tensores, juntas, rolamento, alternadores, componentes eletrônicos e filtros de ar-condicionado, dentre outros. As opções são variadas, basta pesquisar a peça que você deseja e o fornecedor internacional de confiança.

Atualmente, as peças automotivas mais importadas para o Brasil são:

  • Faróis, retrovisores, espelhos e lanternas
  • Peças mecânicas, como juntas e rolamentos
  • Peças elétricas, como alternadores e componentes eletrônicos
  • Filtros de ar e ar-condicionado
  • Acessórios, como bancos, portas e tapetes
  • Motores
  • Transmissões
  • Sistemas de freios
  • Suspensões
  • Sistemas de escapamento

Vale a pena importar autopeças?

As peças automotivas podem proporcionar uma boa margem de lucro para quem as importa para negociá-las e vendê-las no mercado interno brasileiro. Cabe ressaltar que, apesar dos preços atrativos das peças do exterior, é necessário calcular todos os custos com impostos e outras burocracias da operação de nacionalização da mercadoria estrangeira.

Sendo assim, a importação pode ser uma opção vantajosa para os revendedores nacionais. Algumas vantagens da operação podem ser destacadas para ajudá-lo na sua decisão de importar:

  • Economia: as peças importadas podem ser até 80% mais baratas que as nacionais.
  • Qualidade: possibilidade de acesso a peças de alta qualidade pelo melhor custo, além da tecnologia de ponta.
  • Variedade: é possível adquirir peças exclusivas e com maiores possibilidades de escolha.

É importante levar em conta os riscos da operação antes da decisão final de compra. No caso da importação, a garantia das peças pode ser insuficiente, além da dificuldade de troca do produto, custos de importação e espera da peça e o risco de receber uma peça defeituosa ou incompatível.

Por isso, pesquise bem, busque fornecedores de confiança e não hesite em investir em um apoio de um especialista ou uma trading. Esse investimento pode evitar possíveis dores de cabeça e prejuízo, pois geralmente esses parceiros já possuem experiência na importação, conhecem os trâmites e o contato com fornecedores confiáveis do exterior.

➡️Veja também: Alfândega brasileira: tudo o que você precisa saber!

Passo a passo de como importar peças automotiva

Para uma operação de importação bem sucedida é importante planejar bem todos os passos e ter a visão do processo ao longo da cadeia. Prepare-se bem para evitar possíveis entraves.

Dividimos a operação em alguns detalhes cruciais e fases para que você tenha noção de como iniciar e terminar seu processo. Leia as dicas abaixo e pense em tudo antes de tomar suas decisões ou fechar negócios.

  • Planejamento da operação: tome nota de todas as peças que deseja importar, os fornecedores do exterior e os requisitos para a importação.
  • Fornecedores: na busca por fornecedores, encontre parceiros confiáveis e de boa reputação. Verifique prazos de entrega, condições de pagamento e, se possível, amostras.
  • Documentação exigida: conheça, confira e organize todos os documentos necessários para a operação, como fatura comercial, packing list, certificado de origem, declaração de importação, dentre outros.
  • Transporte e Logística: pesquise fatores como rotas de entrega e o modal mais adequado. Também é indicado considerar um seguro de cargas para sua operação.
  • Desembaraço aduaneiro: contrate um despachante aduaneiro especializado. Esse é o profissional indicado para ajudá-lo com o desembaraço aduaneiro e o cumprimento das exigências legais.

Levando em conta as informações acima, você pode iniciar sua operação, seguindo o passo a passo:

1- Legalizar a empresa, com CNPJ regularizado e atividades de importação e exportação no objeto social. 

2- Habilitar a empresa no Radar Siscomex (que será desligado e se transformará no Pucomex

3- Obtenha uma licença de importação. 

4- Cumpra as exigências legais, que inclui o pagamento de impostos e taxas. 

Existem alguns vendedores internacionais confiáveis para importar suas peças automotivas, como eBay e Amazon. Além deles, pesquisamos outros vendedores de acordo com as experiências positivas dos usuários:

  • Pelican Parts: especializado em peças de Audi, BMW, Mercedes, Mini, Porsche, Saab, Volks e Volvo
  • Summit Racing: destinado a modelos esportivos
  • HondaPartsNow.com: comercializa peças para todos os modelos que a indústria japonesa comercializa no Brasil.

Qual o imposto sobre peças automotivas?

O imposto de importação para peças automotivas é variável de acordo com fatores como tipo de autopeças e origem do produto. Além dos impostos, outras taxas incidem sobre o produto, como taxa de utilização do Siscomex/Pucomex, taxas portuárias, armazenagem, frete, dentre outros.

Em geral, os impostos que são cobrados na importação de autopeças são: imposto de importação, PIS/PASEP, COFINS, IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), IOF e ICMS (que varia de acordo com o estado onde é aplicado).

Uma informação importante é que recentemente (agosto de 2024) foi assinada uma medida provisória pelo presidente Lula, permitindo que empresas terceirizadas importem peças de carro com imposto reduzido.

Essa medida faz parte do Programa Mover, que possibilita que montadores e outras empresas habilitadas importem peças e componentes sem produção similar pela indústria nacional com redução tarifária de 16% para 2%.

É permitido importar peças de carro usadas?

Há restrições para autopeças usadas. O artigo 43 da Portaria Secex 23/2011 diz o seguinte: “Art. 43. A importação de mercadorias usadas está sujeita a licenciamento não automático, previamente ao embarque dos bens no exterior.” Então, é bem possível que esse tipo de mercadoria fique retida na alfândega.

Em geral, importação de bens de consumo usados é inválida, exceto para os casos:

  • Doações realizadas pela União, Estados, Distrito Federal, Territórios, Municípios, autarquias, entidades da administração pública indireta, instituições educacionais.
  • Veículos antigos, com mais de trinta anos de fabricação, para fins culturais e de coleção.
  • Veículos importados sob a forma de doação.
  • Veículos havidos por herança aberta no exterior.
  • Veículos importados por missões diplomáticas, repartições consulares e representações de organismos internacionais.

Em caso especial, é permitida a admissão de bens usados integrantes das unidades industriais e das linhas ou células de produção que contarem com produção nacional mediante acordo entre o interessado na importação e os produtores nacionais.

Dessa forma, a importação de autopeças usadas é permitida quando usada na indústria nacional e com o acordo dos produtores. Vale analisar em que caso sua importação se adequa e para qual finalidade. Assim, você evita possíveis embaraços e perda de mercadoria.

Qual a margem de lucro de uma autopeças?

De acordo com especialistas, uma loja de autopeças pode render uma margem de lucro entre 20% a 28%. O ganho também está atrelado à escolha dos fornecedores. As peças importadas podem ajudar a aumentar a margem de lucros, visto que chegam a ser 80% mais baratas que as nacionais.

Importação de rodas automotivas

Importar rodas e pneus automotivas novos é possível. Para isso, é necessária uma Certificação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Também é necessário o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais (CTF/APP). A empresa importadora deve realizar o CTF/APP.

Lembrando que a importação de pneus usados é proibida desde 1991.

Redução tarifária na importação de autopeças

Em alguns casos é possível sim reduzir a tarifa de importação de autopeças. São eles:

Acordo sobre a Política Automotiva Comum: o acordo entre Brasil e Argentina prevê uma alíquota de 2% de Imposto de Importação para autopeças que não são produzidas no Mercosul e que sejam importadas para produção. Acesse o serviço aqui.

Benefício de Alagoas: permite reduzir em até 90% o ICMS, o que pode diminuir em 20% os custos totais da operação de importação. Para conseguir o benefício, é preciso que a mercadoria circule simbolicamente no Estado de Alagoas, podendo ser desembaraçada em qualquer porto ou aeroporto brasileiro.

Ex-tarifário: concede redução ou isenção de impostos para produtos sem similar nacional

Como diminuir os custos na importação de autopeças

Uma forma de diminuir os custos da importação de autopeças é planejar a importação de forma estratégica para envitar entraves, embaraços, apreensão da carga ou outros prejuízos.

Outras estratégias podem ser usadas como a consolidação de cargas, reunindo produtos de vários fornecedores em um único embarque. Também é possível comparar frete e armazenagem, negociar com os fornecedores estrangeiros, além de verificar uma possível habilitação para redução tarifária.

➡️Veja também: Como reduzir custos na Importação de Insumos para a Industrialização?

Como importar peças automotivas da China

Importar autopeças da China é possível e pode ser vantajoso, devido aos preços mais competitivos, aliados à qualidade e inovação dos produtos chineses. A opção de fornecedores pode representar uma boa margem de lucro para os importadores brasileiros.

Para a importação de autopeças da China é preciso seguir alguns requisitos:

  • Obter registro da empresa no radar Siscomex/Pucomex
  • Ter um CNPJ ativo para importação.
  • Contratar um despachante aduaneiro para liberar a carga na alfândega brasileira.

A China é um dos melhores países para a importação de produtos, devido a sua grande capacidade de produção, infraestrutura logística, produtos modernos e de qualidade. Além disso, a China é o principal parceiro comercial do Brasil.

Como importar peças automotivas da Europa

Importar autopeças da Europa também é uma opção, lembrando que existem vários pontos a serem observados, incluindo a verificação dos acordos comerciais, análise do mercado, pesquisa de fornecedores, observação de preços competitivos, planejamento de custos, tarifas e taxas, bem como despesas logísticas e cambiais.

Para ajudá-lo, você pode contratar um despachante aduaneiro especializado. Se você possui um negócio maior, vale a pena contar com uma trading para realizar suas operações com total segurança.

➡️Veja também: Como calcular a minha redução de custos de importação via trading

Receita Federal e a importação de peças automotivas

Se você pretende importar autopeças é importante saber que a Receita Federal brasileira regula a operação, além de estabelecer regras e exigências legais.

Como escolher o software ideal para importar peças automotivas

O Conexos Cloud é o melhor parceiro para automatizar suas importações de autopeças. Com o nosso software e os robôs de monitoramento, você pode automatizar até 70% de toda a operação e obter a maior performance operacional. Ou seja, é um investimento que vale a pena!

Assista ao vídeo e entenda a funcionalidade da plataforma:

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Larissa Alves Borges

Larissa Alves Borges

Redatora Publicitária com graduação em Comunicação Social, Comércio Exterior e Letras. Pós-graduada em Marketing Digital, Direito Tributário e Gestão Pública.

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