O Ministério da Fazenda anunciou as atualizações nas diretrizes para transações internacionais online de até 50 dólares. Conforme a Portaria MF n.º 612, datada de 30 de janeiro de 2023, as compras internacionais realizadas pela internet com valor de até US$ 50 ou seu equivalente em outra moeda estarão isentas de impostos de importação.
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Continue lendo para entender o que pode mudar nas taxas de importação, e os pontos de discussão em jogo.
Programa Remessa Conforme. Para que as compras não sejam tributadas, as empresas de e-commerce, nacionais ou internacionais, precisarão fazer parte deste programa da Receita Federal. Também será necessário que elas recolham impostos estaduais referentes à importação.
Recolhimento de impostos. O objetivo do Programa Remessa Conforme é facilitar a arrecadação de impostos sobre produtos importados para o Brasil, estabelecendo os valores das taxas já no momento da compra.
Isenção do imposto. A regra anterior permitia que as vendas isentas de impostos fossem feitas apenas de pessoa física para pessoa física. Agora, a isenção do imposto também se aplicará na venda direta da empresa para o consumidor, no caso de e-commerces que aderirem ao Programa Remessa Conforme.
Pontos de divergência. A taxação pode ocorrer em compras de menos de 50 dólares se a aquisição for feita em uma empresa que não esteja em dia com seus compromissos fiscais ou não faça parte do Programa Remessa Conforme. Se a empresa em questão não cumprir com suas obrigações tributárias, suas vendas terão incidência automática de imposto.
Objetivos da proposta. A Portaria MF n.º 612, divulgada pelo governo, é uma tentativa de combater o contrabando e a pirataria e arrecadar recursos para a União. Além disso, a medida é uma tentativa de não atingir os consumidores de baixa renda e classe média, principais consumidores de empresas de e-commerce como Shein, Shopee e Aliexpress.
As novas regras fiscais divulgadas pelo governo federal entrarão em vigor em 1º de agosto de 2023. Esse novo paradigma promete transformar a dinâmica do e-commerce, favorecendo o acesso a mercadorias globais e estimulando a conformidade tributária por parte das empresas. Ao equilibrar os benefícios ao consumidor e a arrecadação do estado, o país dá um passo importante rumo à modernização de suas práticas fiscais.