Alta do dólar e disparada da taxa de câmbio: entenda o movimento de oscilação no mercado cambial.
A valorização do dólar tem sido um dos principais temas de debate entre investidores e demais públicos atentos aos movimentos econômicos.
Nesta terça-feira, 17 de dezembro de 2024, a moeda norte-americana operou em alta, alcançando R$ 6,20, um aumento de 0,95% em relação à cotação da última segunda-feira (16). O movimento de valorização ocorreu logo após a divulgação da ata da última reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central).
O aumento é, em grande parte, uma resposta ao anúncio do corte no pacote de gastos do Governo Federal, considerado insuficiente pelos agentes do mercado. Esse cenário já começa a impactar importadores, principalmente aqueles que dependem de componentes estrangeiros para a produção de bens e serviços.
Além disso, o aumento do dólar exerce pressão sobre os preços internos, como é o caso da carne, cujo valor tem subido no mercado doméstico devido à sua valorização no comércio internacional.
Outro efeito relevante é o impacto no crédito. Com a alta da moeda, os juros podem ser elevados como medida para conter a inflação, o que torna mais difícil o acesso a financiamentos e compromete o ritmo de investimentos e o crescimento empresarial.
Após as oscilações registradas ao longo do dia, o dólar encerrou o pregão estável, cotado a R$ 6,09. O movimento ocorreu após declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira, informando que a Casa votará ainda hoje a Reforma Tributária e o PLP 210, projeto de lei que integra o pacote fiscal.